No local da decolagem, o
balão é inflado com ar ambiente por uma grande ventoinha movida a gasolina.
Quando o ar já ocupou cerca de 60% do volume do envelope – nome dado à bolsa de
tecido do balão –, o maçarico é aceso.
Aquecer e decolar
O maçarico aquece o ar do
envelope, que se expande e fica menos denso que o ar de fora do balão. A
decolagem ocorre quando esse ar supera em cerca de 60 0C a temperatura externa.
É como se o balão de ar quente (menos denso) boiasse no ar frio (mais denso),
do mesmo modo que um navio flutua na água.
Pilotagem difícil
A direção e a velocidade
horizontal são determinadas pelas correntes de vento. O balão é lento, como um
passeio de roda-gigante. Acima de 18 km/h, apenas pilotos experientes devem
voar, e sem passageiros. Não se deve voar a mais de 30 km/h. O piloto controla
a altura e se orienta por mapa, bússola, altímetro, variômetro (mede a
velocidade de subida) e termômetro.
Gigante de vento
O balão e os equipamentos
básicos pesam 670 quilos. O conjunto tem 30 metros de altura e o envelope,
capacidade de 5 mil metros cúbicos (5 milhões de litros), o volume de duas
piscinas olímpicas.
Tripulação e equipamento
Um balão grande pode levar
1 tonelada e transporta em média 8 passageiros, um piloto e um navegador.
Abaixo do envelope há um maçarico de duas bocas, botijões de gás propano (cada
quilo de gás permite 1 a 2 minutos de vôo) e os instrumentos de orientação. O
cesto é de vime, que é leve, durável e absorve bem o impacto do pouso. Cabos de
aço sustentam a estrutura.
Material resistente
O envelope é feito de
náilonrip-stop (material que detém rasgos) e impermeabilizado com uma resina
antifogo. A parte mais próxima ao maçarico é feita de nomex, o mesmo tecido dos
macacões de bombeiros e pilotos de F-1, que resiste a 400 0C.
Equipe de apoio
Parte da equipe segue por
terra para recolher os equipamentos e os passageiros no fim da viagem. Os times
se comunicam por rádio e quem está no ar informa sua localização, caso o
pessoal em terra não possa seguir a rota do balão.
Nunca ao meio-dia
Os vôos são feitos no
começo da manhã ou no fim da tarde, quando os ventos são mais amenos. É
perigoso voar com o sol a pino porque o chão está muito aquecido, assim como o
ar imediatamente acima dele. Isso gera correntes ascendentes de ar quente –
elas diminuem a diferença entre a densidade do ar interno e externo do balão,
que perde flutuação. É parecido com o que ocorre com um avião nas turbulências.
Altitude controlada
Uma tampa em forma de
pára-quedas pode ser aberta para soltar o ar quente. O ar frio entra pela boca
do balão e aumenta a densidade do ar interno – fazendo o balão descer. Para
subir, o piloto liga o maçarico (aquecendo e diminuindo a densidade do ar
interno).
Por: Ana Paula Chinelli
Fonte: super.abril.com.br
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