domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pode crer!

Uma igreja que começou com surfistas e skatistas ganha cada vez mais adeptos e cresce feito "bola de neve", como o próprio nome sugere. A identidade despojada e a linguagem jovem são meios de os frequentadores despertarem sua fé


Tatuagem, alargador, bermuda, tênis e cabelo colorido. A descrição poderia ser de um grupo de amigos que se encontram em um barzinho descolado da cidade ou de alguma pista de skate da moda. Os itens listados, porém, compõem pessoas que frequentam uma igreja evangélica chamada Bola de Neve e que, assim como as outras vertentes, segue premissas muito bem firmadas. Seus fiéis acreditam na liberdade de cada um ser o que é, independentemente do estilo que veste ou da pegada musical que curte. 
Iniciada em Brasília após um adolescente acompanhar, via internet, o desenvolvimento da Bola de Neve Church em São Paulo, já se vão quatro anos com a firmação da sua veia inclusiva aos jovens da capital. Mas, que fique claro, eles também cativam pessoas mais velhas, de estilo “comum”. 

“Você não precisa tratar Deus com formalidades, pode falar com ele da forma mais sincera”, conta a auxiliar administrativo Mariane Santos. O relato resume parte da vertente de não julgar o próximo, que a igreja sustenta. 

Com uma rotina preenchida por atividades da Bola de Neve todos os dias da semana, com exceção dos sábados, Mariana é uma jovem de 27 anos que acredita que a maneira com que a igreja acolhe as pessoas, sem se preocupar com as aparências, permite uma convivência mais fácil com as doutrinas pregadas na Bíblia. “Em outros lugares, talvez por conta das minhas tatuagens, eu não seria bem aceita”, conta. E entre os vários desenhos que tem pelo corpo, um versículo bíblico escrito nas costas chama a atenção.

Em Brasília, os encontros começaram há oito anos, com poucas pessoas em uma casa no Lago Sul, e hoje a doutrina acontece em um grande galpão no setor de indústrias da cidade, com louvores de pegada forte na guitarra e bateria, e liberdade para os presentes dançarem no ritmo da música. 



A história da Bola de Neve Church no Brasil também é recente. A ideia surgiu após o surfista Rinaldo Pereira se desligar de uma igreja protestante tradicional e decidir reunir amigos com o mesmo estilo despojado, para orar e estudar a palavra de Deus no bairro Brás, em São Paulo. Os cultos começaram em 1999, realizados em um auditório de uma empresa de surfe. E foi pela necessidade de achar algo para servir de púlpito que uma prancha de longboard tornou-se a sustentação para a Bíblia e para a identidade informal que cresceria a partir dali.

Hoje, presente em praticamente todos os estados brasileiros e com sede em países como Argentina, Índia, Rússia, EUA, Austrália e Peru, a igreja não para de crescer. Além do visual alternativo, explora o rock e o reggae como melodia para suas letras de adoração.

Com 250 frequentadores ativos, a sede da capital federal – a primeira do Centro-Oeste – já originou filiais em Goiânia, Cuiabá, Pirenópolis e Brazlândia. E se depender da galera que frequenta e divulga as impressões sobre a igreja em uma página na rede social Facebook, a tendência é que de cada vez mais pessoas queiram surfar nessa onda de fé.



“A gente se atrai exatamente pelo ponto de referência. Chega aquela mina de piercing em outra igreja, neguinho já vai querer arrancar aquilo, falando que é pecado. Aqui não. Se ela quiser deixar de usar, vai deixar de usar com o tempo”, conta Lucas Aleixo, mostrando que, depois de oito anos na Bola de Neve, não perdeu o jeito próprio de falar. 

Skatista e com o corpo todo estampado por tatuagens, o carioca de 32 anos tem bagagem para falar sobre aparência e superação. Ele foi dono de uma boate em Brasília e curtiu a noite da cidade como poucos, viu de perto os reflexos negativos de uma vida desregrada. Ex-usuário de drogas, vê, hoje, por meio do testemunho de frequentar a igreja alternativa desde o seu início, a possibilidade de tirar outras pessoas desse estilo de vida. “Como Deus usa cada pessoa para atingir um ponto, eu sou usado para levar a palavra para quem ninguém quer falar”, teoriza, para em seguida completar: “Sou eu que falo de Deus para o cara que tá sentado no meio fio, que as pessoas acham que é ladrão”. De acordo com Lucas, a credibilidade adquirida pelas experiências conta muito nessa hora. “Porque você chegar para falar de Deus para alguém que não conhece, é muito louco. A pessoa já fica desconfiada, te olha torto”, relata. 

Com atividades durante toda a semana, que vão do jiu-jítsu a pedaladas por Brasília, passando por um curso de teologia, a Bola de Neve tem no esporte uma porta de entrada para fiéis (veja programação no quadro). Para a atual pastora da filial de Brazlândia e professora das aulas de capoeira na igreja, o que destaca a doutrina é a identidade que ela assume e que reflete sobre os pastores, embora ela tenha os mesmos princípios cristãos que as outras congregações. “Não tem uma fórmula muito diferente das outras igrejas. A essência é a mesma, só que com uma roupa mais jovem”, descreve Nívia Borges. 


Com uma linguagem cheia de gírias, Marcela Diniz também ilustra essa característica. Casada com o pastor da sede brasiliense, Rodrigo Foca, ela é pastora e líder do Ministério de Mulheres e tem um visual moderno, com sapatilha de oncinha e unha pintada de cor rosa chiclete, mas nada muito diferente dos frequentadores da Bola: “Isso é exatamente a marca da igreja”. 

Ela associa o estilo “livre” da igreja a um versículo bíblico. “Nós não devemos usar da liberdade que nós temos para dar ocasião à carne”, cita, e explica que dar ocasião à carne, no caso, é exceder essa liberdade. “Eu tenho liberdade de me vestir da maneira que eu quero”, exemplifica, complementando, porém, que não deve ser vulgar. “Não convém com os padrões de Deus. Não é algo imposto pela Bola de Neve, pela Universal (do Reino de Deus) ou pela Assembléia (de Deus). É algo que a bíblia nos ensina”, pontua.

Os integrantes contam que o pastor não fica de chinelo em cima do púlpito. Há esse respeito para que as pessoas entendam realmente o propósito que a igreja prega. 
Segundo a pastora Marcela, há uma ideia que realmente aproxima as pessoas da igreja no começo. “Elas têm muita vontade de conhecer a Deus, só que, por outro lado, não querem, nesse primeiro momento, mudar sua maneira de ser ou ter uma imposição de regras e normas. Não querem ser julgados”, descreve. 


Frequentador há seis anos dos cultos despojados, Ari Falcão reconhece que à primeira vista, a aceitação do visual diferente foi o que o chamou a atenção. “O fato de a gente ser bem aceito como a gente é atrai as pessoas”, acredita. Para o recém-convertido e surfista Rodrigo Duarte, porém, a questão da identidade pode até ser um chamativo, mas não será o que vai sustentar a permanência da pessoa dentro das normas cristãs. “Aqui é a casa do Pai e na casa do Pai, se você está buscando coisa do mundo, você não vai encontrar. E você vai ter que inevitavelmente sair”, comenta.

O administrador de empresas Carlos Belich, de 54 anos, faz parte dos perfis “mais comuns” que frequentam cada vez mais a Bola. Com três filhos adolescentes, ele viu na veia despretenciosa da igreja a chance de deixar os herdeiros próximos da vivência com Deus. E aí também se apegou à congregação e acabou ficando.  “Existem regras, como em toda igreja evangélica. Mas nós estamos aqui como uma família”, descreve a convivência que o cativou há dois anos. E resume: “Os jovens se sentem como uma família nesse lugar”.


Por: Jéssica Germano
Fonte: Revistaencontro


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Circuito alternativo

Em número cada vez maior, skatistas deixam de lado as pistas oficiais e elegem os espaços públicos preferidos para andar sobre rodinhas na capital. Entre eles, a Ermida Dom Bosco, o Eixão e o Setor Bancário Sul
A estudante Karine Castilho é da turma Longbrother: "Faço parte da família. Somos muito amigos", diz
Uma ladeira de 80 metros faz com que a Ermida seja considerada um dos melhores lugares para andar de longboard do Brasil. É lá que o estudante Ciro Mendes começou a andar de skate, há um ano. Agora, ele já participa de campeonatos e diz que sua evolução no esporte se deve muito ao local em que treina. “Venho aqui quase todos os dias, é como se fosse minha segunda casa. Dei sorte de morar próximo a um lugar tão bom de andar de skate”, diz.

Ciro não está sozinho. É cada vez mais comum ver pessoas andando de skate pelas ruas de Brasília. Os praticantes estão em todos os cantos, inclusive na zona central da cidade, a mais movimentada. Além do Setor Bancário Sul, onde eles se reúnem há mais de 20 anos, temos, na capital, diversos outros locais apropriados para andar sobre rodas. O DF é uma das unidades da federação com mais pistas de skate do país, ao todo são 25, todas públicas. Porém, apesar de serem em grande número, poucas estão no estado ideal para uso.

Os skatistas reclamam da conservação dos locais e dizem que o governo não faz manutenção periódica. Além dessa insatisfação, a Federação de Skate do Distrito Federal também se queixa de três pistas construídas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) recentemente: “Foram feitas sem consultar um engenheiro especializado. A de Taquari, a do Taguaparque e a que fica próximo à Ponte do Bragueto são horríveis: os obstáculos são muito grandes, as rampas têm angulação desproporcional e o percurso delas é ruim”, diz o engenheiro da Federação, Márcio Brandão.

Abílio Neves e Gabriel aderiram à prática do skate: "É um ótimo programa para fazer com o filho"
O estudante Pedro Menezes anda diariamente em Taquari, que tem um chão bom para deslizar, mas reclama das dificuldades que o local impõe para iniciantes. “Os obstáculos são ruins. Algumas descidas são impossíveis de encarar, são muito inclinadas”, diz. Ele conta que até hoje viu só uma pessoa descer a maior rampa, um profissional: “Fora ele, não sei de mais ninguém que teve coragem”. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Obras, informou que convocará a Federação para ouvir as reivindicações e ver qual a melhor forma de resolver os problemas apontados.

O diretor-executivo da Federação, Clayton Prudêncio, chama a atenção para a melhor forma de investir no esporte: “Construir novos locais para skatistas é muito bom, incentiva a nova geração. Mas as pistas precisam de uma manutenção periódica”, explica.

O estudante Mateus Cardoso, morador do Sudoeste, costuma andar na pista do Cruzeiro. Ele conta que o local tinha buracos e rachaduras, e, ano passado, o governo reformou. Mas ainda tem problemas. “A pista ficou pior. Absurdo”, queixa-se Mateus. O administrador do Sudoeste, Marcelo Cicilianeo, alega que consultou os praticantes para fazer a reforma. “Falamos com os usuários para ver o que precisavam”, garante. Perguntado se algum especialista foi consultado, ele negou: “Se fosse uma pista profissional, teríamos de falar com a Federação. Mas, como é um espaço de lazer, falamos somente com os frequentadores do lugar”, conta.

Em alguns lugares, foram os próprios skatistas que se juntaram para melhorar a pista. Um exemplo é o que aconteceu no Riacho Fundo: “Fizemos um mutirão e conseguimos arrumar alguns defeitos. Mas não tem como fazer isso sempre, então a pista raramente está boa de verdade”, conta o estudante Thiago Costa, morador da região. O engenheiro Márcio Brandão afirma que o local é um dos melhores do DF. “Se estivesse bem conservada, teria nível para sediar até campeonato mundial. Pena que isso não acontece”.

O engenheiro da Federação de Skatistas da Capital, Márcio Brandão, aponta problemas no espaço do Taguaparque: pistas novas foram construídas sem consultar especialistas

Porém, não só de lugares ruins para a prática do esporte vive Brasília. Alguns lugares que não foram feitos com esta finalidade são usados para dar manobras e andar em alta velocidade. Os principais exemplos são a Ermida Dom Bosco e o Setor Bancário Sul (SBS); e o Eixão, que é fechado aos domingos e feriados.

Na Ermida, o estilo mais praticado é o longboard. Nesse estilo, os critérios variam para definir quem é o melhor. Alguns campeonatos medem a velocidade que o skatista atinge, outros avaliam a intensidade e a variação de execução das derrapadas. A “pista” é tão boa que a principal etapa do Campeonato Brasileiro aconteceu lá nos últimos quatro anos.

A servidora pública Raquel Musy escolheu a Ermida para frequentar. Ela anda em um tipo de skate que é uma das novidades do esporte, o carveboard. Com rodas maiores e de outro material, o estilo vem fazendo sucesso. “Um amigo trouxe um carve para mim do exterior. Desde então, me apaixonei e não parei de andar”, conta.

Já no Setor Bancário Sul, a galera do street predomina. O estilo é o mais conhecido de todos: o shape (veja glossário no quadro) é menor e, para fazer as manobras, o skatista tem de sair do chão. Apesar de não ter sido construído para isso, o SBS é considerado o espaço ideal para manobras radicais. “Alguns obstáculos parecem ter sido feitos especialmente para isso”, conta o estudante Henrique Lemos. Ele e quatro amigos são frequentadores do local: “Viemos aqui quase todos os dias à tarde, depois da escola. É muito legal reunir a galera para andar de skate”, conta. Não por acaso, autoridades já tentaram proibir os esportistas de usarem o local, mas nunca isso deu certo, eles sempre voltam.

Henrique diz que sente falta de um local específico para os skatistas no Plano Piloto. “É que andar em pista é diferente. Apesar de o SBS ser ótimo, as rampas fazem falta”, lamenta. O estudante conta que, com frequência, ele e os quatro amigos andam na pista do Núcleo Bandeirante. “Pegamos dois ônibus para chegar lá. Se tivesse uma mais perto, não teríamos esse trabalho”, fala.

Há dois anos, um grupo de amigos começou a se reunir no Parque da Cidade todos os domingos para andar de skate. Pouco tempo depois, mudaram o local do encontro para o Eixão Norte, na altura da 115, e ganharam o apelido de Longbrothers. O número de praticantes foi aumentando e alguns pais começaram a levar os filhos. Vendo isso, os mais experientes passaram a dar aula para os garotos que estavam iniciando no esporte, como conta o presidente dos Longbrother, Eduardo Apra, o Dudão. “Hoje, virou uma grande reunião de amigos, onde acontecem algumas aulas”.

A Ermida é o lugar preferido de Raquel Musy para curtir seu carveboard: apaixonada pelo esporte

Aos domingos, o empresário Abílio Neves tem programa marcado com o filho Gabriel, de 6 anos. Eles moram à beira do Eixinho, a poucos metros de onde os Longbrothers se reúnem. “No começo, não gostava do barulho que os skatistas faziam. Mas parei e pensei: Brasília é uma cidade tão parada, em vez de reclamar, acho melhor aderir à prática. É um ótimo programa para fazer com o filho”, garante. A comerciante Lilian Leite, mãe de Isaias, de 5 anos, acha que uma das qualidades do esporte é a amizade entre os praticantes. “É como se fosse uma família. Eles acolheram meu filho e hoje ele é apaixonado pelo esporte”, diz. A estudante Karine Castilho também virou integrante Longbrother. “Faço parte da família. Somos muito amigos”, diz.

E o mercado não está à mercê. Os vendedores das lojas especializadas no esporte afirmam que as vendas têm aumentado. “De uns três anos para cá, o lucro cresceu significativamente”, afirma Glaydson Prudêncio, proprietário da loja Freestyle, no Conic. Chama a atenção é o aumento das vendas para o público feminino, como destaca o subgerente da Funhouse, Clayton Fragoso: “Quando cheguei aqui, em 2004, eu vendia, no máximo, um skate por mês para mulher. Hoje, todos os dias vem alguma menina na loja atrás de um”, afirma.

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Quer aprender?

Encontro selecionou três lugares onde os iniciantes podem receber instruções e já sair andando de skate pela cidade

Escola de Skate DF
Local: Eixão Norte, na altura da 14.
Tel: (61) 8486-8115.
Quando: aos domingos, das 10h às 14h.
Quanto: R$ 40 a hora aula de street e R$ 50 a hora aula de longboard.

Na Base Skate Escola 
Local: Setor de Clubes Sul, Trecho 3, em frete à AABB.
Tel: (61) 8417-6112.
Quando: aulas as terças, quintas e sábados, das 9h às 18h.
Quanto: uma vez por semana R$ 68, duas R$ 130 e três R$ 180, mensais.

Escolinha Longbrothers 
Local: Eixão Norte, na altura da 15.
Tel: (61) 8196-5097.
Quando: aos domingos e feriados, com agendamento.
Quanto: R$ 25 a hora.





Por: Matheus Teixeira 
Fonte: Revistaencontro

Geração skate 2.0

Como o crescimento do esporte em BH está influenciando o estilo da nova geração de skatistas, que começa a aprender cada vez mais cedo


Bochechas vermelhas, gotas de suor pelo rosto, mãos sujas e alguma espécie de machucado. É assim que jovens skatistas chegam em casa há pelo menos três gerações. Os equipamentos, as bermudas e os tênis mudaram, mas o espírito radical perdura. Ladeiras, rampas, barras de ferro e a possibilidade de se machucar em todas elas não intimidam quem curte skate. Tomás Piuzana tem 11 anos e essa é sua nova paixão. Sempre muito dedicado à prática de esportes, ele trocou as aulas de judô por capacete, cotoveleiras e um belo skate. “Ele já era faixa laranja, quando resolveu sair. Eu fiquei um pouco apreensiva e insisti para ele não deixar o judô, mas ele é um menino muito centrado, dedicado, e esporte é sempre muito saudável. Resolvi apoiar o novo hobby dele”, revela a mãe, Regina Piuzana. Ela conta ainda que Tomás tem andado tão empolgado, que brinca com seu skate-finger (skate de dedo) na pia do banheiro, nas paredes e pela casa afora. A mesma empolgação tem Bruno González, o mais novinho da turma, que, aos 6 já aprende as primeiras manobras radicais, mesmo precisando ainda da ajuda do professor Luizinho para descer a rampa.


Também mãe de um pequeno skatista, Keila Braga descreve bem a paixão do filho, Guilherme Alongi, de 7 anos. “Nenhuma atividade estava mais consumindo a energia do Guilherme. Do futebol ele chegava suado. Mas do skate, ele chega pingando! E os tênis? É questão de 30 dias para um par se esgotar”, conta. Uma das vantagens do esporte, segundo Keila, é o fato de a prática diminuir o tempo do filho na frente da televisão e do computador.




Aline Dias, professora de educação física e mestre em lazer, concorda: “Se é skate, basquete ou natação, não importa. Fundamental é que seja um esporte com o qual a criança se identifique, sinta prazer, e que seja significativo para ela”. A profissional lembra que é cientificamente comprovado que a prática regular de esportes pode auxiliar no desenvolvimento cognitivo das crianças, na percepção sensorial e psicomotora, além de possibilitar momentos de maior interação social, aprendizagem de princípios e valores. “O esporte, inclusive, pode se tornar um importante aliado dos pais no combate à obesidade infantil e ao sedentarismo”, completa Aline Dias.

Como quase todo esporte, o skate tem seu próprio universo. As bermudonas de cor escura, camisetas que parecem um número maior que o necessário, tênis pesadões (que assustam as mães, mas facilitam a aderência à prancha), e um vocabulário bem peculiar. Ollie, goofy, board e fakie são termos que você precisa aprender para entender o skate. Para isso, basta assistir a um episódio de Zeke & Luther. Transmitido por um canal pago, a série de TV é a mais nova febre entre a garotada e mostra a rotina e as aventuras de dois skatistas adolescentes.



Bernardo Basques tem apenas 6 anos e muita disposição. Ele também é fã de Zeke & Luther, e aproveita os episódios para tentar aprender as manobras realizadas pelos personagens: “Eu ainda não sei fazer muitas manobras, mas meu primo já me ensinou a tirar o skate do chão”, diz. Aos 12 anos, Guilherme Lyra já faz manobras de gente grande. Ele conta que seu pai, o presidente da Mannesmann, Alexandre Lyra, costumava ir para a universidade, na Alemanha, de bicicleta. “Eu também pretendo estudar fora, mas quero ir para a minha faculdade de skate”, planeja Guilherme.

Muitos meninos praticam em casa ou no playground dos prédios durante a semana. Mas aos sábados e domingos, as opções são mais legais. Belo Horizonte tem redutos antigos de skate, arranhados por gerações de rodinhas, como o bowl do Anchieta e o do Nova Floresta. Desde 2009, o Parque das Mangabeiras abriga uma das maiores pistas do estado. Um belo-horizontino ilustre, hoje um skatista quarentão, curtiu o novo espaço. John Ulhoa, do Pato Fu, conta: “Vou à pista do Parque das Mangabeiras de seis em seis meses, e volto todo quebrado. Encontro meus amigos da antiga por lá, e vejo a molecada nova andando também. É uma pista muito bem feita, do tipo que sempre quis que tivesse em BH. Só apareceu depois que parei... então voltei!”.




Outro veterano é o proprietário da Blunt Skate Park, Maurício Massote. Ele começou aos 5 anos, em 1983, e fala com orgulho sobre a evolução tecnológica do esporte. Para ele, os equipamentos de segurança melhoraram bastante desde sua geração: “As joelheiras, cotoveleiras, capacetes ficaram menores e mais eficientes”. 


Para gente grande

É diversão para os pequenos, mas para os mais crescidinhos já virou profissão. E com carteira assinada! O belo-horizontino Jarbas Alves, “Jay Alves” para os conhecedores, é skatista profissional patrocinado pela Converse. Ele começou arriscar as primeiras manobras aos 14 anos e hoje, aos 26, é atleta conhecido internacionalmente.

Quem também está trilhando esse caminho é o jovem Jefferson Bill. Aos 22 anos, Bill está a um passo de se tornar profissional. “Já participei e ganhei vários campeonatos, viajei para Barcelona, Praga, Roma, e devo assinar contrato em breve”, diz. Jefferson, que conta ter sido bastante influenciado pelo pai, o espeitado skatista Alexandre Dota.

Bill e Jay Alves já participaram de um dos eventos de skate mais populares de Belo Horizonte, o “Família de Rua Game of Skate”.  O grupo Família de Rua é responsável também pelo Duelo de MCs, batalha musical que acontece debaixo do Viaduto Santa Tereza desde 2007. O evento musical ganhou repercussão na cidade, na imprensa, e hoje atrai cerca de 500 amantes e simpatizantes do hip-hop todas as sextas-feiras.



Em 2008, o grupo deu início ao Game of Skate, que acontece todo segundo domingo do mês no mesmo local. O game consiste em uma competição animadíssima entre skatistas amadores e profissionais de todas as idades. A prova é conhecida mundialmente e funciona mais ou menos assim: cada competidor realiza uma manobra e desafia o próximo a imitá-la. Se este não conseguir fazer igual, ganha na pontuação a letra “S” de “skate”. Se errar outra vez, acumula a letra “K”, e por aí vai. Quem completar a palavra primeiro, perde.

“Tem uma molecada que vem de skate na mão, faz a inscrição na hora e manda muito bem no game”, conta Leonardo Cezário, um dos coordenadores do evento. O clima é de descontração e alegria. Candidatos e espectadores observam com atenção o desempenho dos colegas, aplaudem as manobras e se empolgam a cada ponto conquistado (ou perdido). Como dizem os meninos do Família de Rua: “Leve seu pai, leve seu filho. É só chegar!”.

E é isso mesmo. Os modelos e tecidos tecnológicos são hoje mais adequados para amenizar, por exemplo, o suor excessivo dos atletas. As opções de tamanhos, material, especificações e modelos de skate são infinitas. Tem equipamento para todas idades, categorias e bolsos. O preço de um skate profissional varia de R$ 350 a R$ 1.200. “Menos do que isso não é skate, é brinquedo”, diz Massote. Ele explica que preços inferiores geralmente significam materiais e acabamento de baixa qualidade, o que prejudica a performance do skate nas pistas e diminui sua vida útil.





Quanto à prática do esporte pelas meninas, Massote explica que houve um avanço importante, mas que o percentual de garotas em cima do skate ainda não é tão significativo. “O Brasil tem grandes skatistas profissionais que são mulheres, como a Letícia Bufoni. Mas isso não reflete uma porcentagem relevante no total de praticantes do esporte. Atualmente, por exemplo, apenas cerca de 10% dos alunos da Blunt são meninas”, conta. Caso de Caroline Gonçalves, de 8 anos. Ela faz aulas na Blunt há pouco mais de um mês e diz que adora. “Eu comecei por causa do meu irmão e ainda estou aprendendo a descer as rampas”, conta Caroline, a mais radical entre os trigêmeos Rodrigo e Isabele Gonçalves. Só falta convencer Isabele a entrar para o time da família.
Para John, do Pato Fu, o legal do skate é que não importa muito essa história de amadores e profissionais, menino ou menina. “Andamos juntos e todo mundo se diverte em qualquer nível”.












Por: Raíssa Pena
Fonte: revistaencontro




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Peças do Skate

O skate é dividido em quatro partes principais o "shape, trucks, rolamentos e as rodinhas".


Shapes

Esta é a prancha do skate onde o skatista pisa para tirar as manobras. Ela normalmente é feita de folhas madeira, mas tambem pode ser de fibra (shapes gringos) ou outro material. Desde o começo do esporte os shapes evoluiram muito, antes eles tinha a superfície plana e com formatos arredondados. Depois apareceram os "Hammerheads", os famosos tubarões, eles tinham na sua superfície a extremida traseira envergada (hoje conhecida como "tail"), e um formato parecido com o de um peixe, por isso o carinhoso apelido de tubarão. Hoje eles ja ganharam um formato mais simples e atual, eles ganharam além do Tail, o "Nose", que seria a extremidade envergada dianteira.

Ha também os shapes "longboards", são maiores que os shapes normais, normalmente tem uma superfície plana com formatos arredondados, são usados principalmente na
modalidade "downhill", ou também conhecida como "longboard".
Hoje ha vários tipos de shapes: largos, finos, pesados, leves, com tails e noses muitos ou poucos envergados, etc. Eu lhe aconselho a testar todos os tipos de todas as marcas e, escolher o que mais lhe agrada.
OBS: Atualmente são grudadas na superfícies dos shapes lixas auto-adesivas, para que o pé do skatista não escorregue no shape.

Dicas sobre Shapes

Agace (nacional): Shape Um pouco pesado, ótimo design e acabamento, porém as folhas abrem.
Alien Workshop (gringo): Shape bastante frágil e pesado.
Birdhouse (gringo): Este shape é very good. Ele é bem resistente, e é bom para ser usado em half devido sua largura que é razoavelmente grande.
Drop Dead (nacional): Os shapes da Drop tem um ótimo design, acabamento 10.
Formula Series(nacional): Shape bem resistente, com bom acabamento.
Nasty (nacional): Este shape é bem levinho. Feito com 6 folhas.
New Skate Rock (nacional): Shape um pouco pesado, um acabamento não muito bom, o nose não é muito côncavo, as folhas abrem e a lixa não gruda direito. É resistente.
Perfect Line (nacional): Ótimo shape, muito conhecido, tem bom acabento, é leve e resistente.
Sims (nacional): Este shape é bastante côncavo. Belo design e acabamento.
Tailon (nacional): Shape muito resistente, porém pesado, tem o tail e o nose não tão curvos, e um acabamento meio fulera, mas é bom.
This Way (nacional): Este shape é um pouco pesadão, seu acabamento émeia-boca, mas é resistente.
Urgh (nacional): Ótimo shape, bom design, é resistente e não é pesado.
World Industries (gringo): Este shape pode ser um dos melhores no mercado atual, é super resistente.
Zoo York (gringo): Shape hiper resistente e tem uma ótima concavidade.

Trucks - peças de skate

Tente prestar bastante atenção ao comprar um shape. Observe o design, veja se o tail e o nose são curvos, largos e cumpridos a seu gosto. Olhe todas as laterais do shape, observando se não há o mínimo de espaço entre as folhas, pois mesmo que pareça ser apenas um rabisquinho, isso pode ocasionar em uma abertura estrondosa (digo isso por experiencia própria). De sempre umas batidinhas com o tail e o nose no chão com a lixa virada para cima, o lado que bateu deve dar um pulinho devido a batida e fazer um barulho maciço, caso ouvir um barulho oco e não tiver um retorno de força das batidas, as folhas com certeza vão abrir.
É a péça de sustento principal do skate Eles normalmente são de ferro (existem também de plástico e poliuretano) e na maioria das vezes muito resistentes.
No começo eram usados eixos de patins, na qual eram perigosos por serem frágeis, mas em 1975 surgia um 
truck feito especialmente para o skate o "Tracker Truck".

Os trucks são muito flexíveis pois assim é possivel fazer uma curva enquanto se estiver descendo uma ladeira ou andando em uma pista, e dividido em várias partes:

Parafuso central: É o parafuso que prende o "hanger" no "baseplant", nele é onde se configura a flexibilidade do truck quanto mais apertada a porca, menos flexível fica o truck, quanto mais solta, mais flexível. No parafuso, vão algumas peças que vão ajudar para que os trucks fiquem sempre flexíeis e que o skate ande sempre em linha reta, como amortecedores, roelas, etc.

Hanger: É a parte que sofre o atrito quando se tira algumas manobras, nela fica o eixo que é o que segura as rodinhas. Na maioria dos trucks este eixo vai se deslocar conforme o tempo, ou seja, a famosa expressão "o eixo está correndo". Neste caso conheço apenas duas soluções: a mais dificil que seria soldar o eixo no hanger, e para isto você teria de tomar muito cuidado para não estragar o truck; ou a que eu recomendo que seria comprar uma peça chamada "passador", ela é encaixada entre os rolamentos e não deixa eixo correr.

Baseplant: É a base do truck, a parte que vai presa no shape pelos parafusos. 

Há também os trucks de longboard que são um pouco mais largos.

Confira algumas dicas de Trucks de Skate.

Crail (nacional): Concerteza é o melhor truck nacional, dispensa comentários, o único problema é que os eixos começam a correr depois de um tempo, mas nada que um passador não resolva (só pra você ter uma idéia, eu tenho o meu a 5 anos).

Crazy (nacional): Truck leve, acabamento ruim e o eixo corre, não é resistente.

Grind King (gringo): Estes trucks são bem leves, porém o eixo se desloca com facilidade.

Krux (gringo): Este truck é leve e o eixo não se desloca.


Rodas de skate

 

A resiliência pode ser entendida como a energia não absorvida pela roda durante a rodagem. A energia absorvida pelas rodas do skate diminuem a vida util dela, transformando o atrito em velocidade e não calor. A Dureza é medida nas escala Shore A ( Materiais mais moles ) e Shore D ( Materiais mais duros). As rodas para vertical e street geralmente são mais duras, na faixa de 45 a 55 ShD. Existem rodas baratas no mercado que são mais moles, se você usar uma roda mole para street e vertical, esta será confortável, mas parecerá que está com o freio de mão puxado.
As rodas de Downhill standup são mais macias pois precisam de muita aderência e estão na faixa de 70 a 85 ShA.

O site da 
Moska da ótimas dicas sobre rodas de skate, e da boas explicações das tecnologias utilizadas nas rodinhas.

Existe hoje a maior variedade de rodas: pequenas, grandes, médias, transparentes, macias, duras, etc. Cada um desses adjetivos influencia no comportamento do skate. Exemplo:
Rodinha de skate macia: Dão maior aderência mas são mais lentas.
Rodinha de skate dura: Rápidas e boas para dar os mais variados tipos de slides no asfalto.
Rodinha de skate grande: O skate corre mais. Etc.

Confira algumas dicas de rodas de skate

Direction (gringa): Vários modelos. As rodinhas com furo são bem mais leves que as normais.
Gordon & Smith (gringa): Rodinhas feitas a base de gel. Muito macia.
Moska (nacional): É uma boa rodinha, bem resistentes e perfeitas para slides.
Next (nacional): Rodas de skate bem conhecidas, são baratas com qualidade regular.
Pysics (ginga): Boa marca de rodinha, com muitos modelos e designs diferentes.
Spitfire (gringa): Uma mais famosas rodas de skate. Diversos modelos, tamanhos e design. Muito boa.


Preste bastante atenção para as rodinhas a qual você compra, caso queira investir em manobras de street ou street style, prefira as rodinhas menores. Porém são mais perigosas, são mais fáceis de se cair onde o chão não é liso o suficiente ou os obstáculos são mal construidos. Se você é um iniciante, eu recomento as rodinhas maiores, com o tempo você vai se acostumando a ter atenção e desviar dos buracos ou outros obstáculos. Caso queira correr, escolha as rodinhas maiores e mais macias.

Rolamentos - peças de skate

Peça de metal encaixadas nas rodinhas, é uma evolução da antiga bilha(lembra?), ou melhor o skate evoluiu da bilha para o rolamento. Os rolamentos prendem as rodas aos trucks este influencia diretamente na velocidade do skate pois diminui o atrito da rodinha nos eixos do truck 

Alguns jogos de rolamentos gringos chegam a custar mais de R$ 150,00, mas são poucos que valem o investimento, o ideal é antes de comprar algum rolamento gringo, se informar com algum atleta que ja o utilizou. Existem otimos rolamentos nacionais mais baratos. Lembre-se de comprar rolamentos com dupla vedação (tampinhas laterais), e de preferência metálica. Essa vedação garante a "higiene" interna, consequentemente a vida util e não menos importante, a velocidade. Lempre-se, com os rolamentos sujos, não existe óleo lubrificante que ajude no atrito.

O Termo ABEC é uma classificação para rolamentos, veja um breve no Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/ABEC). No caso de rolamentos para skate, estas normas são desprezíveis. Porém alguns jogos de rolamentos tem esta Marca, outros usam esta classificação para indicar a performance.

Uma ótima dica, é utilizar entre os romalentos, uma pecinha chamada passador. Normalmente os eixos dos 
trucks começar a correr conforme as pancadas, isso trava as rodas, pois a base do rolamento fica presa na porca, o passador resolve este problema. Utilize sempre um óleo spray específico para lubrificação dos rolamentos. Uma lata de óleo vai durar muito tempo. Evite utilizar grafite pois apenas suja o rolamento.


Dicas de Rolamentos 

ABEC1: Barato, fraco lento e desengonçado, vida util baixa.
ABEC7: Rolamento muito rápido e resistente.
ABEC9: Assim como o ABEC7, este rolamento é muito rápido e resistente.
NMB: Um dos melhores rolamentos de skate nacionais, é resistente, fecil de limpar e rápido.
Destructo Sendai: Ótimo rolamento gringo, rápido e resistente.
Red Bones: Rolamento gringo conceituado, é bem rápido.
 

Por: Redação
Fonte: skoitoskateboards

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Skate e suas manobras radicais

SKT, SK8, skate, carrinho, skoito, vários nomes, mas o mesmo significado. O skate é integrante principal para um dos esportes radicais mais incríveis do planeta, o skateboard.

Não se sabe exatamente a origem do esporte, porém ele existe desde o início do século passado (veja história do skate) e desde lá vem evoluindo muito, criando modalidades como slalom, speed e downhill. Das modalidades, duas são mais conhecidas, o "street e vertical".
Os skates tem peças e configurações geralmente diferentes para algumas modalidades. Por exemplo, no dowhill os shapes, rodas e trucks são maiores para aumentar a aderência e velocidade.No street, mini-ramp ou Half-Pipe os shapes são menores com concavo no shape e nose. As rodas e trucks também são menores.

Diferente de outros esportes, no skateboards o que conta é a emoção, a competitividade é deixada de lado em campeonatos e competições , muito pelo contrário. O "adversário" incentiva a acertar as manobras mais complexas e arriscadas e quando acontece vibra como se fosse o próprio, como póde? A resposta é simples, claro que conta a amizade e as sessões juntos mas o esporte é perigoso, requer coragem, destreza, cordenação e velocidade. Quando a manobra sai "na base", o atleta atinge um objetivo pessoal, não marcou gol, pontos, ou golpes no adversário, apenas conquistou aquilo que ele treinou para conseguir.

Nas ultimas decadas, o skate evoluiu e cresceu muito, a modalidade Street, provavelmente é mais praticada no mundo, pois pode se utilizar uma infinidade de coisas e locais para a prática. O Street marcou a evolução do skate como é hoje, popularizou o esporte no Brasil sobretudo com os atletas financeiramente mais carentes. O Ollie e a base de outras manobras é utilizada em outras modalidades.

Tõrçoes, feridas, rasgos, perebas e fraturas vão fazer parte da vida do skatista, o Tênis é muito importante para a performance e segurança do atleta, assim como Joelheiras, Cotoveleiras e sobretudo Capacete. O Tênis deve ser resistente por causa do atrito com a lixa e o asfalto/chão, e flexível, algumas marcas como Vans, DC, Emérica e QIX são famosas e conceutuadas. Segue aqui algumas dicas bem legais do site corpoperfeito sobre skate para os atletas.

Suplementação alimentar para quem anda de skate:
Whey protein, Multivitamínicos, Energéticos em gel, Barras energéticas, Guaraná, Glucosamina.

Principais grupamentos musculares utilizados durante a prática de skate:
Panturrilhas, Quadríceps, Tendão, Abdômen, Trapézio e Dorsal.

Benefícios de andar de skate:
O benefício estético é o fortalecimento das articulações e a estabilidade dos ligamentos em torno dos joelhos e tornozelos.
Aumenta os batimentos cardíacos e pode ser considerado um excelente exercício aeróbico, por causa dos impulsos com um dos pés, para dar velocidade ao skate.
Desenvolve uma melhor consciência corporal, flexibilidade, tônus muscular, concentração, segurança e equilíbrio.

Bases e posições do skateboard

Ollie: É o coração do street, a base maioria das manobras, consiste em empurrar o tail do skate para o chão com o pé de trás, e controlar o vôo do skate com o pé da frente, fazendo assim o skatista pular com o skate.






Base Regular: É a base, em posição normal, com a perna esquerda à frente (aproximadamente no meio) e a direita no tail, no qual, o skatista melhor se adapta.





Base Goofy: É o inverso da Regular, o skatista apoia a perna direita à frente e a esquerda no tail.

Frontside: O skatista encaixa de frente a manobra para o obstáculo, ou o skate gira na direção horária se a base do skatista for Regular, ou na direção ant-horária se a base do Goof. O skatista pode acompanhar o skate na mesma direção do giro. Abreviação fs ou f/s. Exemplo Fs noseslide. Backside: O skatista encaixa de costas a manobra para o obstáculo, ou o skate gira na direção ant-horária se a base do skatista for Regular, ou na direção horária se a base do Goof. O skatista pode acompanhar o skate na mesma direção do giro. Abreviação bs ou b/s. Exemplo Bs noseslide.

Backside: O skatista encaixa de costas a manobra para o obstáculo, ou o skate gira na direção ant-horária se a base do skatista for Regular, ou na direção horária se a base do Goof. O skatista pode acompanhar o skate na mesma direção do giro. Abreviação bs ou b/s. Exemplo Bs noseslide.
Switch Stance: É a base contrária que o skatista está acostumado. Por exemplo, se a base for Goof, a manobra é executada na base regular, e vice-versa. É como um destro escrever com a mão esquerda. Esta é mais técnica, a manobra executada vale mais pontos em campeonatos. A abreviação ss ou s/s. Executa-se qualquer manobra sobre essa base. Por exemplo. Switch Stance ollie,Switch Stance Flip,Switch Stance Heelflip,Switch Stance Crooked.


Nollie: É um ollie aplicado com o pé da frente empurrando o Nose. Por exemplo, o skatista da base regular, empurra no nose com o pé esquerdo, o efeito é parecido com o ollie, porém executado na direção contrária. As manóbras também recebem a nomenclatura na frente. Exemplo: Nollie frontside nose slide, nollie kickflip, etc.




Fakie: O fakie são manobras executadas com o skatista indo na direção contrária. Por exemplo: se o skatista é da base regular, ao invés do pé esquerdo ir de frente para a sua direção, é o pé direito, como um Nollie mas com o pé que fica no tail.








Por: Redação
Fonte: skoitoskateboards