quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SKATEBOARD: ORIGEM E PERSPECTIVAS

SKATEBOARD: ORIGEM E PERSPECTIVAS

O skate surgiu em meados dos anos 60 nos EUA. Foram os surfistas californianos que surgiram com a novidade, ao se sentirem cansados de ficar esperando por boas ondas para surfar e que colocaram rodinhas de patins em uma madeira que imitava a prancha de surf.

No início, foi chamado de “sidewalk surfing”, ou seja, o “surf de calçada”. Rapidamente se espalhou por todo o EUA, sendo que, no ano de 1965 o “sidewalk surfing” já era praticado por um grande número de adeptos, criando a sua própria identidade, com suas manobras radicais. Assim, ganhou o seu nome definitivo de “Skateboard” (na língua portuguesa, a tradução de skateboard é skate, que em inglês significa patins).

A primeira grande evolução do skate veio no ano de 1974, quando o engenheiro químico Frank Nashworthy descobriu uma composição chamada uretano, material que serviu para dar origem às verdadeiras rodas de skate. Com essa invenção, o esporte alcançou um enorme impulso, possibilitando que ele se consolidasse definitivamente como um esporte popular.
Surfistas internacionais que iam ao EUA para surfar em suas ondas, conheceram e levaram a novidade ao resto do mundo. Em 1965 o skate chegou no Brasil. Em 1974, foi realizado no Clube Federal do Rio de Janeiro o 1º Campeonato de Skate Brasileiro e no mesmo ano foi inaugurada a primeira pista no Brasil. Em seguida, no ano de 1986, o skate brasileiro teve um grande crescimento, diversas marcas de vários segmentos investiram no mercado nacional e assim houve uma expansão do esporte. Mas foi na década de 90 que o skate teve a sua maior evolução no Brasil, não só em mercado, mas também em crescimento de praticantes, passando o esporte a ser organizado e com ampla exposição na grande mídia.

Hoje, pode-se afirmar que esse esporte é uma grande tendência no Brasil, com o skate e os skatistas brasileiros representando a 2ª maior potência mundial nas competições, sendo o atual bicampeão consecutivo em duas modalidades: na street style e na vertical.

De outra sorte, os dados do Banco Central do Brasil e da Fundação Getúlio Vargas informam que das atividades relacionadas ao skate vieram US$ 607 milhões de dólares, o que correspondia, no ano de 1997, a 3% do PIB, ou seja, aproximadamente 18 bilhões de dólares em investimentos no País.

Outro dado relevante se refere ao ano de 2001, quando o faturamento da indústria do skate no Brasil chegou a 90 milhões de reais. Com esse segmento, o setor do vestuário brasileiro nesse esporte, acompanhado do surf, representa boa parte do faturamento com consumidores jovens, pois 85% consomem produtos de skate e isso sem ao menos praticá-lo, simplesmente, por identificação do estilo de vida ou comportamento. Além disso, ainda há um movimentado comércio de materiais e produtos relacionados com o skate, como sendo os sucos, biscoitos, energéticos etc.

O skateboard no Brasil vem se consolidando a cada ano que passa, com novas empresas, pistas públicas, competições e também nas mídias. Os novos desportistas já fazem desse esporte o 2º mais praticado no Estado de São Paulo, perdendo apenas para o futebol. Em todo o Brasil, são mais de 3 milhões de skatistas, o que corresponde a 16% da população nacional.

O skate brasileiro tem um mercado consolidado e é o único, além dos EUA, a produzir todas as peças, vestuários e acessórios para a prática do skate, gerando milhares de empregos diretos e indiretos no nosso País.

Cada grande empresa desse segmento tem, em média, de 4 a 6 atletas por ela patrocinados, que, somado ao pesado investimento dos patrocínios em competições, faz do skate um dos esportes que mais ampliam as suas necessidades, tanto em recursos humanos como em fomento desportivo.

A fonte desses dados são da CBSK – Confederação Brasileira de Skate, que sempre atualiza os HÁBITOS DE CONSUMO DOS SKATISTAS.

De acordo com a Gerência de Pesquisas de Opinião do DATAFOLHA, em recente pesquisa realizada, detectou que o Estado do Rio Grande do Sul é o segundo principal mercado do esporte no País, com aproximadamente 8% dos praticantes brasileiros. Ou seja, mais de 200 mil estão divididos, na sua maioria, nas classes A/B e parte da C.

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