sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hip Hop e teatro fizeram a festa dos moradores do Recanto das Emas



Hip Hop e teatro fizeram a festa dos moradores do Recanto das Emas
Brasília, 17 de Abril de 2009
Neste último domingo (8/02) foi o encerramento da programação cultural do projeto “Férias com Arte”. Aproximadamente 8 mil pessoas compareceram nas cidades do Plano Piloto, Paranoá, Planaltina, Brazlândia e Recanto das Emas.
O evento realizado em 4 finais de semanas consecutivos, entre os dias 30 de janeiro e 8 de fevereiro e teve uma programação diversificada com apresentações de rap, teatro e oficinas de criatividade. Todas elas gratuitas.
No domingo (8/02), o deputado Magela participou do “Férias com Arte”, no Recanto das Emas e mais uma vez reafirmou o seu compromisso com o movimento hip-hop. “Esse projeto é muito importante, pois promove o engajamento de parcela significativa da sociedade que são os jovens num movimento cultural tão expressivo", destacou.
A edição do “Férias com Arte” dedicou sua atenção ao hip-hop e levou para algumas cidades do DF importantes nomes do rap brasileiro como MV Bill, BNegão e GOG.“Nunca tivemos em nossa cidade um investimento tão alto de recurso voltado para as áreas de lazer, cultura e diversão”, ressaltou Fábio Campos, morador da quadra 300 do Recanto das Emas.
Uma das atrações que marcaram o espetáculo foi a do cantor de rap brasileiro Genival Oliveira Gonçalves, mais conhecido como GOG. Nascido na cidade satélite de Sobradinho, ele foi um dos pioneiros do movimento rap em Brasília. Seu último trabalho foi o álbum Aviso às Gerações lançado em outubro de 2006. Em suas letras, GOG fala do cotidiano dos jovens que enfrentam 60 km para irem trabalhar nas repartições públicas sempre de ônibus lotado. Também fala sobre a má influência dos "gringos" no Brasil.
Na ocasião o artista elogiou a iniciativa do parlamentar,“quero primeiramente agradecer ao deputado Magela, pelo incentivo e ao apoio destinado a cultura hip-hop, pois se não existissem pessoas, assim como ele, jamais teríamos a realização deste grande evento”, disse GOG.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O grafite é um meio contemporâneo de expressão


No momento o planeta passa por várias mudanças em grande velocidade. Vivemos séculos de autoritarismos, ditaduras e alienação. Hoje com o processo de globalização o mundo se mostra para todos, percebemos sua diversidade e as mudanças planetárias passam pelo fortalecimento do conceito de identidade que é fundamental para o funcionamento da democracia plena.Uma nação forte é sinônimo de identidades estruturadas e as novas ordens mundiais serão conseqüência do convívio das diferenças onde a expressão das experiências histórico-afetivas possam ser compartilhadas pela comunidade por meio das manifestações artísticas. O grafite é um meio contemporâneo de expressão que se inscreve como um fenômeno mundial, jovens experimentam esta linguagem compartilhando suas idéias com a sociedade diretamente nas ruas. A arte tem a força capaz de contribuir para o desenvolvimento dos indivíduos e para a estruturação das comunidades. A experiência estética do grafite possibilita uma dinâmica com as paisagens circundantes, com a intimidade dos artistas e com o diálogo das diferentes tribos dos centros urbanos. Fornece informações a respeito das conexões existentes entre o ser humano e a cultura. Grafitar é converter em grafia, escrever palavra, frase ou desenho em muro ou parede de lugar público. A palavra italiana graffiti deu origem à forma adotada pelo idioma português: grafito ou grafite para designar inscrições riscadas com instrumentos pontiagudos ou carvão sobre rochas e paredes. Nos anos sessenta, o mundo assistiu à uma grande efervescência cultural no planeta. Jovens de todo o mundo gritaram, manifestando-se criticamente por meio do grafite contra as guerras imperialistas, o totalitarismo, a sociedade de consumo, a massificação da cultura e os tabus da moral, que ecoam até os dias atuais. O grafite encontrou na Europa no final dos anos 80 um ambiente mais receptivo que as grandes metrópoles das Américas, consolidando-se esta forma de expressão como uma tendência mundial.

O grafite como o conhecemos nos dias de hoje é fruto da urbanidade, nasceu nas ruas e sua sobrevivência depende das ruas. Atualmente, não está mais restrito às ruas e há pelo menos vinte ou trinta anos ganhou o universo das galerias e bienais de arte do mundo inteiro, mesmo que de forma modesta.Por muitos anos, o grafite foi considerado uma arte menor dentro do universo das artes plásticas e ainda nos dias atuais, críticos de arte torcem o nariz para a idéia de associação do grafite à arte, como se arte fosse um privilégio de escolhidos e só se justificasse a partir de uma história linear e que tem como ponto de partida os artistas europeus. Esse pensamento advém de um preconceito, um medo ou quase terror daquilo que vem da rua. Além disso, o grafite abriu a possibilidade de fazer arte para jovens que moram na periferia das grandes cidades do mundo inteiro. Muitos desses jovens jamais terão a oportunidade de usufruir dos assentos e bancadas universitárias. Esses jovens, muitas vezes, são denominados genericamente de pichadores, vândalos do patrimônio público, não havendo assim distinção entre aqueles que sujam muros e paredes daqueles que fazem arte em locais públicos.


Por: Redação
Fonte: Equipe proradical