Apesar de cada pessoa ter sua maneira de se mover,
há uma forma certa de correr, que melhora a performance sem prejudicar os
músculos e articulações
Existe uma maneira ideal de correr? Mesmo considerando
que cada pessoa tem seu modo particular de se mover, a resposta para essa
pergunta é ‘sim’! O padrão ideal de corrida gera menor sobrecarga sobre os
músculos e articulações, previne lesões e melhora a performance. Ele tem alguns
pontos importantes que, se presentes dentro das suas características
particulares de movimento, vão gerar uma corrida eficiente e saudável:
-
Aterrissagem próxima ao centro de gravidade: o pé, quando vai tocar o chão,
deve estar perto do tronco e não muito afastado para frente. Quando o pé
aterrissa próximo ao nosso centro de gravidade - um ponto na região lombar,
aproximadamente -, o braço de alavanca da força gravitacional sobre as
articulações é menor. Traduzindo: os músculos precisam fazer menos força para
manter o corpo em pé, e a sobrecarga - compressão, desgaste - sobre as
articulações é menor;
-
Aterrissagem com o médio pé: aterrissar tocando primeiramente o calcanhar no
chão gera um pico de impacto brusco sobre o corpo. Quando se aterrissa batendo
primeiro o meio do pé no chão, e não o calcanhar, esse pico de impacto é
atenuado, o que diminui os riscos de lesão - como, por exemplo, as fraturas por
stress. Isto acontece porque os próprios músculos do corpo agem mais para absorver
o impacto, poupando as articulações e ossos. Este padrão de pisada, associado à
aterrissagem do pé próxima ao tronco, proporciona uma corrida com menores
forças que freiam o corpo, e os músculos trabalham de uma maneira mais
eficiente;
- Poucos
movimentos de rotação e lateralização: pegando o joelho como exemplo, seu
principal movimento durante a corrida é o de flexão e extensão. Se nele ocorrer
uma rotação exagerada, ou uma grande inclinação para o lado - “cair” para
dentro é o mais comum -, as chances de lesão aumentam. Esta importância do
alinhamento pode ser extrapolada para todas as articulações.
Economia de energia: todos os pontos citados acima já
proporcionam economia de energia para o corpo, o que pode ser convertido em
melhor desempenho. Além disso, é importante manter uma postura alta e não
“pular” durante a corrida. A postura alta facilitará a execução dos movimentos
adequadamente, e deslocamentos verticais exagerados só geram desperdício de
energia e aumentam o impacto do corpo com o solo.
Este é o
padrão de corrida observado nos melhores atletas profissionais, mas é acessível
a todos com um bom treinamento. Ele é a chave para potencializar seus treinos,
prevenir e tratar lesões.
Colaboração: Corrida no Ar
Por: Raquel Castanharo
Fonte: eu-atleta
Foto: divulgação
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