Radicais Algo sabido de todos é que a prática esportiva é
uma forte aliada da saúde e evita diversas doenças.
O que muitas pessoas desconhecem, no entanto, é que é
necessário acompanhamento médico para praticar exercícios ou modalidades mais
intensas, chamadas de esportes radicais, já que tais práticas exigem mais do
organismo e, consequentemente, pode trazer graves riscos, como, por exemplo,
deixar o corpo suscetível a um acidente vascular cerebral, o AVC.
É comprovado que durante a prática esportiva o corpo humano
apresenta picos de pressão. Com isso, caso o organismo não esteja preparado
para absorver estas alterações e a pessoa já tenha alguma dilatação
aneurismática (que se formam com base em alguma fragilidade dos vasos internos
do cérebro), existe uma maior probabilidade de ele se romper, o que pode
resultar em uma hemorragia cerebral", explica o doutor Osmar Moraes,
neurocirurgião do Hospital Santa Catarina, de São Paulo. O médico ressalta,
todavia, que não há estudos que mostrem que a prática de esportes radicais
traga maiores riscos que outras modalidades "O que deve ser observado por todas as pessoas que praticam
atividades físicas é incluir, além dos exames cardíacos e físicos, uma
avaliação clinica e eventualmente um exame vascular do cérebro antes de
realizar alguns esportes que exijam mais do corpo humano. Este cuidado pode
atenuar muitos riscos e dar a chancela que o organismo precisa para praticar
qualquer exercício".
Mais jovens, mais suscetíveis?
Eventualmente,
ocorrem alguns casos de problemas cerebrais, como rotura aneurismática ou AVC,
em jovens esportistas. Com isso, muitos se questionam se os atletas mais novos
- sejam de fins de semana ou profissionais - estão mais suscetíveis a problemas
nessa região do corpo.
Doutor Moraes esclarece que não há estudos que corroborem
esta afirmação, no entanto, há vários fatores que podem favorecer o
enfraquecimento de uma parede arterial e, consequentemente, aumentar os riscos
de quem pratica esportes radicais." Ter hábitos prejudiciais ao corpo
humano, como o consumo excessivo de álcool, o fumo, a hipertensão, além de não
tratar infecções sanguíneas, podem ser fatores determinantes para potencializar
os riscos de sofrer um AVC".
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