terça-feira, 14 de março de 2017

Mundo sobre rodas


Essa semana conversei com Rafael Romano da RollingSports, com a chegada do skate  no mundo olímpico achei importante entender como o segmento de "rodinhas" se comporta no país. Aprendi muito com essa conversa.
A patinação é uma atividade de lazer que ocupa escolas, ruas e áreas livres. Sem dúvida, a mais popular entre as modalidades "sobre rodas".  Já o skate está entre as cinco modalidades esportivas mais praticadas no país.  No mundo, as principais empresas fabricantes de equipamentos são a Rollerblade e a Powerslide, não  há industria de peso no Brasil.  As grandes lojas, como Centauro e Decathalon  são os grandes distribuidores mas a loja do Rafael, bem no coração da Rua Augusta, em São Paulo, se encarrega de cuidar daqueles interessados em atendimento especializado, pois ele é profissional no assunto.
Perguntei a ele, o que faz uma cidade ser atrativa para patinadores. Ele me disse que o patinador urbano prefere o cartão postal e , nesse quesito, Barcelona é a mais interessante de todas pois o asfalto não tem imperfeições; os patinadores contam com o respeito dos condutores de veículos motorizados; o visual da cidade é espetacular e ainda há La Rambla ( sempre ela).
No Brasil, todos os estádios reformados para a Copa tornaram-se áreas de patinação e, sem dúvida, as Olimpíadas facilitaram a patinação devido a reurbanização de várias áreas no Centro do Rio. Os lugares de interesse são a Praça Maua, Madureira e há ainda o Grupo das Luluzinhas que se diverte nas rampas que rodeiam o Maracanã. Sobre São Paulo, ele disse que as imperfeições no asfalto dificultam a construção de circuitos mas principalmente há necessidade de consolidar o respeito para a saudável integração do patinador à cidade.
A mais interessante inovação nesse segmento sem dúvida foi o aprimoramento dos materiais e ligas para rodas e pranchas. Uma delas já noticiamos aqui. Foi a Curfboard, uma start up alemã, que fabrica um conjunto de rodas com giro de 360 graus.  No Brasil, com o consumo  andando de marcha ré,  as vendas de patins e afins foram dramaticamente reduzidas. O cliente que antes fazia questão de comprar o melhor equipamento disponível, hoje, quando pode, compra o mais barato. Uma pena!
Finalmente, nunca é demais lembrar que patinadores dividem com as bicicletas a pista da ciclovia pois essa é dedicada a veículos não motorizados.
Fonte: Blog Globo
Foto: Fecebook

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