segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entendendo os Esportes Radicais É mais que Radical


Desde a década de 60, uma nova tendência esportiva vem crescendo vertiginosamente: são os esportes não-formais, aqueles cuja principal característica é fugir do trivial, ou seja, escapar dos convencionais esportes coletivos praticados com bolas em quadras ou campos. Mais do que simples práticas esportivas, essas modalidades constituem um estilo de vida, já que, embutido nelas, encontra-se um modo de se vestir, falar, comportar-se, enfim, um cotidiano próprio.
Além disso, uma condição quase essencial é o contato com ambientes naturais — como praias (surfe, windsurfe, paraglide), bosques (paintball), florestas e montanhas (montanhismo e escalada técnica), cachoeiras (rapel), rios (canoagem), até mesmo o ar (pára-quedismo) ou ambientes arquitetônicos adaptados à prática — a urbanidade das ruas, praças, escadarias, corrimões, etc. (esqueite, patinação on line, ciclismo), pontes e viadutos (bungee jumping) e estradas secundárias, na sua maioria, de terra (rally). Assim, de acordo com a escolha do espaço físico, a maioria dessas atividades ganha bastante em emoção, pois o praticante geralmente está submetido a intempéries, principalmente naqueles esportes em contato com a natureza, ou correndo risco por estar exposto a um ambiente urbanizado cuja finalidade não é a prática esportiva, portanto, estando também sujeito a imprevistos. Não é difícil, então, supor o motivo da nomenclatura desse tipo de modalidade: esportes radicais.
É interessante observar que a gama de esportes radicais atende a todos os perfis de atleta. Alguns requerem um investimento alto para a compra de equipamentos, enquanto outros quase não os utilizam ou têm custos relativamente baixos. O número de praticantes também é bastante flexível, variando de uma pessoa até algumas centenas. Além disso, o próprio local da prática esportiva é diversificado: vai desde praias e mar, passando por ruas e estradas, e chega a sistemas ecológicos ricos, como matas, florestas e montanhas. A escolha depende do gosto de cada um.
Essas modalidades são riquíssimas em benefícios à saúde de seu praticante, mas, para isso, o futuro atleta deve estar atento a alguns fatores. O mais importante é se informar bastante sobre como é a modalidade — por exemplo, quais são os equipamentos necessários para garantir segurança e onde ela pode ser aprendida com instrutores capacitados. Caso não exista nenhuma “escolinha” específica sobre a modalidade, a solução é procurar pessoas que já a pratiquem por um bom tempo e pedir auxílio.
Os profissionais altamente treinados em suas modalidades afirmam que os praticantes que se submetem a riscos desnecessários não são radicais, mas ignorantes! Assim, o ideal é usar o material de segurança e não tentar fazer nada sem saber a conseqüência que pode acarretar. Vale lembrar que, antes de tentar uma manobra ou atitude radical, é sempre bom treiná-la em um ambiente simulado e, de preferência, também controlado por pessoas capacitadas.
Depois de ter tomado esses cuidados, é só aproveitar a sensação prazerosa que os esportes radicais propiciam e o melhor: a possibilidade de aproximação a novas pessoas e, portanto, de surgimento de novas amizades.

É mais que Radical é Proradical

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