Uma cesta, meia quadra e
três jogadores de cada lado ao som do hip hop. A modalidade que nasceu no gueto
na década de 70 nos Estados Unidos está conseguindo contagiar um número
crescente de adeptos no Brasil.
É o streetball, ou
basquete de rua, que coroou esses esforços em grande estilo neste final de
semana no Parque do Ibirapuera, com as finais do Campeonato de Basquete 3x3
Universitário Paulista da FUPE (Federação Universitária Paulista de Esportes)
depois de percorrer nove grandes cidades do estado, envolver mais de 600
atletas de 50 faculdades e um total de 150 times participantes.
"O tempo para armar
a jogada é muito curto, aumenta a adrenalina para fazer cada ponto, que é muito
suado", explica a aluna do terceiro ano de Publicidade e Propaganda da
Universidade Zumbi de Palmares, Rosângela Pinheiro, de 28 anos, que terminou o
torneio com a medalha de prata.
"Ao contrário do
basquete, que tem um técnico gritando toda hora, no streetball é muito
improviso o tempo todo, é preciso criatividade", diz.
Na categoria feminina, a
equipe vencedora foi a Unissantana, que deixou o trio de Rosângela com a prata.
No masculino o time da Unisanta, de Santos, venceu a Economia Mackenzie e levou
o ouro.
A competição foi comandada
pelo MC (mestre de cerimônias) Max DMN e pelo DJ Slick, que animaram o público
e entraram no ritmo do regga e do hip hop.
O DJ ofereceu um set
list de hip hop e ragga que incluía nomes como C'clie, DMN, 50 cent, Emicida,
Alicia Keys, Notorius Big, 2 Pack, Edy Rock e outros hits, transformando o jogo
em uma grande festa.
O rapper Jé Versatil
também fez sua parte e como um "beat boxer" imitou apenas com a boca
(e batendo no peito) diferentes instrumentos musicais que se transformaram em
trilha sonora para a performance de dance hall das bailarinas Lais Israel e
India Ju.
Com o lema "menor
espaço para jogar e mais espaço para brilhar", a consultora de marketing
esportivo da Vivo, Monica Esperidião, 30, defendeu o investimento de R$ 2
milhões investidos no projeto por "ver uma oportunidade de aproximação e
conexão com o público universitário e com o basquete de rua".
"Está nos nossos
planos dar continuidade ao incentivo à modalidade", diz a executiva, que
se disse satisfeita com a produção e os resultados obtidos.
"Top de linha. Foi
a melhor estrutura de streetball já montada no Brasil, com padrão americano das
tabelas, ao piso, as tendas e os árbitros", declarou Adriano Bertoni, o
Nenê, de 33 anos e 2 metros de altura, que joga basquete desde os seis anos de
idade e já foi campeão brasileiro universitário.
Sepois de problemas no
tendão de Aquiles, Adriano teve de trocar o esporte que mais curte por seu
trabalho de formação, o marketing. "Jogar streetball no Brasil não dá
dinheiro, não tem estímulo do governo, e quem joga é porque tem estilo e ama o
que faz", alfineta.
Por: redação
Fonte: uol
Foto: divulgação
Proradicalskate
Nenhum comentário:
Postar um comentário