quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Estilo de vida do hip hop contagia basquete de rua no Ibirapuera

Uma cesta, meia quadra e três jogadores de cada lado ao som do hip hop. A modalidade que nasceu no gueto na década de 70 nos Estados Unidos está conseguindo contagiar um número crescente de adeptos no Brasil.

É o streetball, ou basquete de rua, que coroou esses esforços em grande estilo neste final de semana no Parque do Ibirapuera, com as finais do Campeonato de Basquete 3x3 Universitário Paulista da FUPE (Federação Universitária Paulista de Esportes) depois de percorrer nove grandes cidades do estado, envolver mais de 600 atletas de 50 faculdades e um total de 150 times participantes.
"O tempo para armar a jogada é muito curto, aumenta a adrenalina para fazer cada ponto, que é muito suado", explica a aluna do terceiro ano de Publicidade e Propaganda da Universidade Zumbi de Palmares, Rosângela Pinheiro, de 28 anos, que terminou o torneio com a medalha de prata.
"Ao contrário do basquete, que tem um técnico gritando toda hora, no streetball é muito improviso o tempo todo, é preciso criatividade", diz.
Na categoria feminina, a equipe vencedora foi a Unissantana, que deixou o trio de Rosângela com a prata. No masculino o time da Unisanta, de Santos, venceu a Economia Mackenzie e levou o ouro.
A competição foi comandada pelo MC (mestre de cerimônias) Max DMN e pelo DJ Slick, que animaram o público e entraram no ritmo do regga e do hip hop.
O DJ ofereceu um set list de hip hop e ragga que incluía nomes como C'clie, DMN, 50 cent, Emicida, Alicia Keys, Notorius Big, 2 Pack, Edy Rock e outros hits, transformando o jogo em uma grande festa.
O rapper Jé Versatil também fez sua parte e como um "beat boxer" imitou apenas com a boca (e batendo no peito) diferentes instrumentos musicais que se transformaram em trilha sonora para a performance de dance hall das bailarinas Lais Israel e India Ju.
Com o lema "menor espaço para jogar e mais espaço para brilhar", a consultora de marketing esportivo da Vivo, Monica Esperidião, 30, defendeu o investimento de R$ 2 milhões investidos no projeto por "ver uma oportunidade de aproximação e conexão com o público universitário e com o basquete de rua".
"Está nos nossos planos dar continuidade ao incentivo à modalidade", diz a executiva, que se disse satisfeita com a produção e os resultados obtidos.
"Top de linha. Foi a melhor estrutura de streetball já montada no Brasil, com padrão americano das tabelas, ao piso, as tendas e os árbitros", declarou Adriano Bertoni, o Nenê, de 33 anos e 2 metros de altura, que joga basquete desde os seis anos de idade e já foi campeão brasileiro universitário.

Sepois de problemas no tendão de Aquiles, Adriano teve de trocar o esporte que mais curte por seu trabalho de formação, o marketing. "Jogar streetball no Brasil não dá dinheiro, não tem estímulo do governo, e quem joga é porque tem estilo e ama o que faz", alfineta.

Por: redação
Fonte: uol
Foto:  divulgação
Proradicalskate

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