Quem anda pelas ruas, parques e orlas das praias da
cidade do Rio de Janeiro, provavelmente já percebeu a presença dos praticantes
de longboard. O esporte, cujo nome e o formato derivam das pranchas de surf,
vem ganhando cada vez mais popularidade e garantindo um crescente número de
adeptos no asfalto, que se dividem entre os que querem curtir um passeio com os
amigos e os que buscam o caráter profissional.
A principal diferença entre o skate tradiconal e o
longboard é que no segundo o tamanho do shape (a prancha em que o praticante
fica de pé) é maior, fazendo com que se perca um pouco da agilidade, mas
garantindo maior estabilidade para o skatista.
Essa característica torna-o mais fácil para quem quer
começar a andar. Além disso, cada modalidade apresenta manobras específicas,
como exemplo, o “slide”, que consiste em um giro rápido do longboard e o
“ollie”, quando o atleta dá um aéreo a partir do chão, juntamente com o
skateboard.
Os imãos Davi Leão, 22, e Pablo Vallejos, 24,
encontram-se na orla da praia do Arpoador todo domingo, sem falta, para
aproveitar o dia e andar de long. Davi começou a andar de skate street aos seis
anos de idade e há quatro anos atrás interessou-se pelo longboard. Segundo ele,
o que chamou a atenção foram os movimentos que os skatistas usavam na praia,
como as remadas, já que o skate street não permitia muitas manobras nesse
local. “A gente anda sempre por aqui [Arpoador], todo domingo. É como se fosse
um culto”, brinca ele.
Já Pablo começou um pouco depois do irmão. Resolveu experimentar,
há cerca de um ano atrás, o mini-longboard, também conhecido como cruiser ou
fish. No caso dele, os benefícios para saúde foram grandes. “Foi o ideal pra
mim, começar a andar de skate todo domingo, dar um mergulho, perder caloria.
Emagreci bastante”, conta. Além da orla, os dois irmãos aproveitam a madrugada,
com a rua vazia, para praticar atividade. Davi, que trabalha perto de casa,
também usa o long como meio de locomoção no dia a dia.
Larissa Peixoto, 18 anos, também é adepta da prática. Anda
de skate, o tradicional, desde os 9 anos. Curiosa para conhecer como era andar
de long, pois já tinha ouvido falar bastante, começou a praticá-lo em junho
desse ano. Costumava andar mais de uma vez por semana, mas por causa do
dia-a-dia, a prática se resumiu em quatro vezes ao mês. Larissa, às vezes usa o
long como meio de transporte, mas anda mais por hobby mesmo. “É muito bom para
esquecer um pouquinho da vida e sentir o ar puro no rosto. E fora que é o único
exercício físico que eu faço”, completou.
Atualmente, no Rio, existem cursos sobre a modalidade. Um
deles é o Long Praia Clube, que dedica-se aos que querem iniciar ou aperfeiçoar
a prática. Eles afirmam que qualquer pessoa pode começar a andar, no entanto, o
uso como transporte no cotidiano é mais indicado para quem tem experiência.
Além disso, alertam para a importância dos equipamentos de segurança,
principalmente o capacete.
Existem pequenos campeonatos organizados por todo o
Brasil, inclusive alguns internacionais, como o mundial de Downhill Speed, com
uma etapa em Teutônia-RS. Ao serem questionados sobre a visibilidade do esporte
no país, os representantes dessa escola defendem que está crescendo, mas de
forma lenta e ainda precisa de estímulos. “Há muito pouco incentivo público,
considerando o número de adeptos que cresce significativamente, faltam pistas,
locais para praticar, além da malha cicloviária ser muito pobre aqui no
Brasil”, defende um dos organizadores da escola Long Praia Clube.
Por: redação
Fonte: 360graus
Foto: divulgação
Proradicalskate
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