sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A pista dos sonhos na Dinamarca e o pesadelo do skate brasileiro


A cidade de Haderslev, no sul da Dinamarca, possuí pouco mais de 30 mil habitantes. Banhada pelo Mar Báltico, o local que foi fundado por Vikings, possuí um cotidiano pacato bem característico da vida na Dinamarca.

Lendo as primeiras linhas deste texto, você caro leitor deve estar se imaginando: Mas o que isso têm a ver com os Esportes de Ação?
Haderslev inaugurou recentemente uma das maiores skateparks do mundo, mas este é só o começo da nossa história. Conhecida como Skatecity Haderslev, o simplesmente Streetdome, o local é a realização um sonho e de um trabalho que tomou cinco anos para se concretizar.
O projeto é só a ponta do iceberg desta que é uma parceria que está mudando a geografia das skateparks europeias. Rune que emigrou da Dinamarca há 17 anos para viver o sonho de ser skatista profissional na Califórnia, voltou recentemente para sua terra natal. Associado com seu amigo Ebbe os dois estão projetando pistas, Rune trouxe todo o seu conhecimento de 20 anos de X Games e ter andando em tudo que é tipo de pista, em todo tipo de lugar.
CONHEÇA A STREETDOME, UMA DAS MAIORES PISTAS DE SKATE DO MUNDO



Uma skatepark de concreto gigante com partes cobertas e descobertas, parede de escalada, café e galeria de arte este é o projeto do StreetDome.
Apesar da pequena população, Haderslev pretende se tornar um destino obrigatório para skatistas de toda Europa, por que não do Mundo.
Para Rune, o maior desafio para construir o local não foi de engenharia ou design, mas politico. Para o skatista, esportes de ação na Dinamarca são conhecidos como esportes desorganizados, então o primeiro desafio foi explicar que são os tais esportes desorganizados são o fascínio da juventude atual. 
Em seguida outros desafios surgiram, como regulações locais e o desafio de encontrar um empresa de engenharia que conseguisse executar o projeto. A Grindline, empresa de construção de pistas dos Estados Unidos acabou sendo a melhor opção para a construção da skatepark. Outras empresas de engenharia locais ajudaram na construção da estrutura, na adequação do projeto as legislações locais e outros muitos detalhes. 

BRASIL

O exemplo de Rune, mesmo que a milhares de quilômetros das terras Brasileiras se aplica perfeitamente nas necessidades de habitantes de cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, etc..

Salvo exceções, as poucas skateparks que existem nestas cidades são carentes de projetos bem executados e acabam se tornando meros “Monumentos ao Skate”. O Brasil precisa de skatistas colocando a suas ideias nas skateparks, mas como no exemplo de Glifberg é necessário maturidade, principalmente para dialogar com nossos governantes e provar que são os “esportes desorganizados’ que são os praticados pela juventude atual, é preciso entender também que não basta construir um bom obstáculo, mas pensar em uma estrutura que una as pessoas.

Fonte: Espn
Foto: divulgação

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