Além de serem feitos com sobras de
material, modelo também ajuda na locomoção urbana por caber em uma mochila e
ser fácil de transportar
Reduzir, reutilizar e reciclar são as três palavras-chaves da
sustentabilidade, e a galera do skate encontrou uma forma de entrar em sintonia
com o meio ambiente. A novidade é o mini skate, que além de radical também
contribui com o planeta. Do tamanho de um pé, ou um pouco maior, o modelo
muitas vezes é feito com sobras de madeira de outra prancha. A moda é
consciente, mas segurança é fundamental, já que os modelos reduzidos exigem
mais habilidade do skatista.
- É uma ideia que surge, muitas vezes, com
sobra de material. É uma forma de aproveitar até o fim. Uma questão ambiental
de reúso, sustentabilidade - explica o skatista César Augusto.
Além de reutilizar material, o mini skate
também serve como meio de locomoção pela cidade, ajudando a diminuir
engarrafamentos. Devido ao seu formato compacto, ele pode ser facilmente
carregado em uma mochila, sem atrapalhar. Por isso, Bruno Rinaldi, que é adepto
da modalidade, acredita que o esporte vem se tornando popular entre os
skatistas.
- Muita gente que anda de downhill, street
e outras modalidades, acaba usando o mini skate para se locomover. Ele cabe em
uma mochila, dá para pegar o metrô com ele, não tem problema nenhum. Você sobe
e desce calçada, é uma coisa muito fácil, muito rápida. E se você vai entrar
num banco, numa reunião, é só colocar de baixo da cadeira - disse.
Mas, é preciso habilidade e
experiência sobre as quatro rodinhas antes de sair pelas ruas com a versão
menor. Devido à falta de espaço para colocar os pés, o nível de dificuldade
aumenta e, às vezes, é necessário desenvolver habilidades diferentes, como
explica César Augusto.
- O skate é do tamanho de um
pé só e você vai ter que colocar os dois, então, precisa desenvolver uma nova
habilidade. Porque, na hora de colocar seu segundo pé, se você for dar uma
remada, precisa acertar o outro. Quando voltar, vai ser um novo desafio. Então,
cada mudança de pé, você não tem uma base ampla para se mexer, por isso se
torna complicado - afirmou César.
Formatos e configurações
Além do tamanho, os mini
skates também podem ter variados formatos. Composto pelo nose (parte frontal) e
pelo tail (rabeta) a prancha pode ter formatos mais longilíneos, arredondados,
quadrados e até mesmo inusitados como o desenho de um pé, por exemplo. A parte
traseira é o que define como o skate irá desenvolver na pista. O shaper e
skatista Renato Hussein explica algumas diferenças entre os formatos.
- Muitos são "hand
made", feitos pelo próprio dono, mas outros são pensados no
"outline", a linha externa dele. Por exemplo, a rabeta pin, por ter
menos área ela força menos o truck e ele fica mais preso. Se ela tivesse uma
rabeta mais larga, você tem mais facilidade para fazer curva, porque ele vai
forcar mais o amortecedor do truck e isso causa uma troca de direção mais
fácil.
Além do formato da prancha,
a configuração do skate precisa ser ideal. Trucks, rodas, rolamentos variam de
tamanho, maciez, diâmetro e tudo isso influencia na performance do skate. No
caso dos modelos menores, a maior preocupação é com a segurança.
- Não é legal que a roda
seja muito grande porque ele pega muita velocidade. No skate pequeno você não
pode pegar muita velocidade porque você vai sentir que falta espaço. A graça do
pequeno é andar em média e baixa velocidade. Se você for fazer speed, você vai
se matar - afirma Renato.
Por: Redação
Fonte: sportv
Foto: divulgação
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