terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pastrana e Deegan unidos, acelerando contra Schumacher e Vettel na ROC

Esta será a sétima participação de Travis Pastrana na Race of Champions, com a expectativa de conquistar seu melhor resultado. Na foto voo nos X Games 17 Foto: Thomas Zucareno/ESPN Images
por José Gaspar

Depois de anos brigando por resultados no freestyle motocross, Travis Pastrana e Brian Deegan tornam-se, agora, companheiros de equipe sobre quatro rodas. A parceria considerada insólita há alguns anos confirmou-se real recentemente, após o anúncio de Brian Deegan como integrante da dupla norte-americana no Race of Champions (ROC). Realizada anualmente, a ROC é uma corrida fora de série, reconhecida especialmente por atrair expoentes do esporte a motor. Nos próximos dias 3 e 4 de dezembro, em Dusseldorf, Alemanha, Pastrana e Deegan enfrentarão ícones como Jenson Button, Michael Schumacher e Sebastian Vettel.

O Race of Champions teve sua primeira edição realizada em 1988, em Paris. No decorrer dos anos passou por outras cidades mundo afora, expandindo também seu leque de competidores, inicialmente concentrado nos adeptos do rally, abrangendo posteriormente astros do motociclismo e automobilismo em geral. Ao longo das edições, aceleraram nas pistas do ROC nomes da estirpe de Valentino Rossi, Jeff Gordon, Michael Doohan e Alain Prost.
Brian Deegan, abordo do Ford Fiesta que o conduziu à medalha de ouro no Rally dos X Games 17
Foto: Christian Pondela/ESPN Images
Outro chamariz é o conceito da prova: pilotos oriundos de diferentes experiências de pilotagem disputando corridas homem a homem, abordo de bólidos carregando diferentes configurações, contudo, idênticos entre si durante as baterias. A pretensão consiste em eliminar a variável máquina na equação da vitória, direcionando o resultado à pura habilidade de guiar o carro.
Motivação pela conquista do ouro em 2011, somado ao feito de vencer Marcus Gronholm, aumentam a confiança de Deegan para o Race of Champions Foto: Thomaz Zucareno/ESPN Images
Brian Deegan confessou não conhecer a corrida a fundo, que até o momento não desembarcou nos Estados Unidos. Contudo, se mostrou confiante para o desafio, motivado principalmente pela vitória no Rally dos X Games 17, quando inclusive superou o lendário Marcus Gronholm.“Acho que podemos vencer. Nos X Games 17 muitos não acreditavam que teria chance contra o Gronholm, e o venci. Travis e eu tivemos grandes disputas, um contra o outro, juntos, seremos uma força. Corro sempre para vencer, e Pastrana, também” avaliou Deegan.
E claro, adotando discurso de acordo com a linha Mulisha, Deegan ainda afirmou que respeita seus adversários, mas “não sente intimidação por nomes”, segundo ele, “tratam-se apenas de outros caras na pista.”Esta será a sétima participação da Travis Pastrana na ROC, que estreou em 2003 na prova, e fará sua primeira corrida após os X Games 17, quando fraturou seu tornozelo no Best Trick. Assim como Deegan, demonstra certa confiança, porém, um pouco mais comedido em suas palavras. “Deegan teve um grande ano, espero que seu momento se mantenha na ROC. Será um prazer competir ao lado dele.” Dentre suas participações, seu melhor resultado foi em 2005, quando chegou à semifinal. Na ocasião, competia com uma perna quebrada.
Em 2005, acelerando com a perna quebrada, Pastrana chegou à semifinal do Roc. Condição semelhante a qual disputou os X Games 2011, correndo com o tornozelo quebrado Foto: Thomaz Zucareno/ESPN Images

Cabe mencionar que a projeção de Deegan está baseada não somente nos resultados deste ano, mas também numa preparação especial para o evento. “Temos planos para começar os treinos muito em breve. Não vou revelar todos os meus segredos, mas posso dizer, levaremos o desafio realmente a sério.” Além do prazer de um bom resultado, o interesse de Deegan envolve uma questão talvez ainda maior: a possibilidade de se posicionar no universo do automobilismo num nível mais elevado.  Após tomar conhecimento que Deegan seria seu companheiro de equipe, Pastrana ligou para o homem de frente na Mulisha. No resumo da conversa, Pastrana mencionou que nunca imaginara ver a Metal Mulisha representando os Estados Unidos. A resposta veio como uma frase de efeito: “Quando comecei a Mulisha, disse que um dos meus objetivos era dominar o mundo. Não estava brincando.”



"proradicalskate"

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