As primeiras
pranchas que chegaram ao Brasil eram trazidas por turistas. Em 1938, o santista
Osmar Gonçalves foi o pioneiro a construir a “tábua havaiana”, como elas eram
chamadas na época, com a ajuda dos amigos João Roberto e Júlio Putz. A ideia
ocorreu depois de uma revista americana ensinar como fazer pranchas, com
medidas e o tipo de madeira usada.
Com uma
prancha pesando 80 quilos e com 3,6 metros, Gonçalves disseminou o surfe pelas
praias de Santos. Nos anos 40, o Rio de Janeiro serviu de base naval dos países
aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Os americanos que vinham até o Brasil
trouxeram pranchas, máscaras de mergulho e pés de pato desenvolvendo o esporte
nas praias cariocas.
O surfe é
considerado esporte profissional e, ao longo do ano, o Brasil recebe diversos
eventos. Em 2011, foram 28 etapas nacionais e outras oito internacionais. A
principal delas é a etapa do mundial World Champion Tour (WCT, depois
rebatizado para World Tour) no Rio de Janeiro. O País também tem um alto número
de atletas filiados a Associação Brasileira de Surfe Profissional (ABRASP): 226
homens e 32 mulheres.
Peterson Rosa
foi considerado o melhor surfista nos 25 anos de história do circuito da
ABRASP. Foi o único atleta que conquistou três títulos brasileiros (1994, 1999
e 2000) na história da associação. Também foi vice- campeão por duas vezes
(1995 e 2002). Ele é o brasileiro recordista em participações no World Tour
(WT) com 14 temporadas ininterruptas (de 1993 a 2006).
Atualmente o
paulista de São Sebastião, Gabriel Medina, é a promessa para ser o primeiro
brasileiro campeão mundial. Para isso, é necessário obter bons resultados nas
11 etapas do WT. O jovem de 17 anos ingressou no ASP World Title, grupo
exclusivo para os 36 melhores surfistas do planeta.
Medina
conquistou duas vitórias no World Tour das quatro etapas que participou, em
Hossegor, na França, e São Francisco, nos EUA. Em ambas, conseguiu eliminar o
americano Kelly Slater, atual campeão e com 11 vitórias no mundial.
Adriano de
Souza, o Mineirinho, também é outro surfista brasileiro de destaque mundial. No
fim de 2011, conquistou o título da etapa de Peniche (Portugal) do World Tour.
Ganhou o título do World Qualifying Series (WQS), que é a divisão de acesso ao
World Tour, em 2005. Foi campeão mundial Junior aos 16 anos, considerado o mais
jovem da história da ASP (Associação dos Surfistas Profissionais), que
regulamenta e traça as diretrizes do esporte.
As mulheres
também desempenham papel de destaque. A paraibana Diana Cristina, a Tininha,
conquistou o título do Circuito Brasileiro de Surf 2011. Outra surfista
reconhecida mundialmente é Jacqueline Silva, bicampeã mundial do WQS. Em 2012,
ela passou a integrar a elite feminina de surf.
Fonte: brasil.gov.br
Foto: divulgação
Proradicalskate
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