O Atletismo é um esporte composto por diversas modalidades
classificadas em:
Corridas: de curta distância e
longa distância, além de provas de revezamento e com obstáculos e da marcha
atlética;
Saltos: de altura, em distância
e triplo;
Lançamentos e Arremessos: podem
ser de dardo, disco, martelo e de peso. Consiste em lançar o objeto o mais
longe possível do ponto inicial.
Há também as provas combinadas
que unem duas ou mais modalidades sob um mesmo nome e que variam conforme o
sexo. A prova feminina é o Heptatlo, que consiste em corrida de 100 metros com
barreiras, salto em altura, corrida de 200 metros, salto em distância,
lançamento de dardo e 800 metros de corrida.
O Decathlon é uma prova
masculina composta de: 100 metros de corrida, salto em distância, arremesso de
peso, salto em altura, 400 metros de corrida, corrida de 110 metros com
barreiras, arremesso de disco, salto com vara, arremesso de dardo e é
finalizado com 1500 metros de corrida.
A primeira imagem que vem à
cabeça quando se fala em atletismo é a corrida. Historicamente, o ato de correr
acompanha todo o processo de evolução humana: antes do desenvolvimento da
criação de animais, os homens centravam-se na prática da caça e da coleta de
alimentos para conseguir sobreviver. Há grandes indícios de que a caça, por
necessitar da agilidade humana em pegar a presa, tenha sido em parte
responsável pelo desenvolvimento da corrida. Essa ideia fornece certo
fundamento para a afirmação bastante comum (mas que ainda ninguém conseguiu
comprovar) de que o ótimo desenvolvimento de atletas quenianos em corridas de
longas distâncias se deve à tradição de seu povo em caçadas. Algumas pessoas
vão mais longe ao afirmar que até o tipo de corpo dos corredores quenianos é
resultado das antigas atividades caçadoras, cujas habilidades teriam sido
transmitidas geneticamente. Outra ligação da evolução humana com o atletismo
são as provas de arremesso e de lançamentos: há um mito de que os homens
arremessavam pedras e pontas afiadas para auxílio na caça.
Com algumas modalidades pouco
praticadas na escola e outras bastante difundidas, o Atletismo carrega um
estigma de que é uma prática voltada às camadas mais baixas da sociedade. Essa
suposição se deve ao fato de que em algumas de suas modalidades, como a
corrida, não seria necessária a aquisição de materiais caros para a prática.
Mas sempre precisamos lembrar de que essa é uma mentira muito incentivada pela
televisão: quantas vezes você não assistiu reportagens de pessoas que treinavam
corrida descalças? E de que para treinar corrida depende apenas da força de
vontade? Certamente muitas vezes, não é? É preciso lembrar que a prática da
corrida sem um calçado apropriado pode trazer mais prejuízos ao praticante do
que benefícios: Lesões nas articulações do joelho e do tornozelo são as mais
comuns. Sem mencionar que o impacto que o corpo tem com o chão, sem
amortecimento nenhum, apresenta problemas que passam pelo quadril e atingem
também a coluna vertebral. Porém, o uso de um tênis que tenha um grau de
amortecimento razoável, associado a roupas apropriadas como uma camiseta leve,
bermuda de material flexível e meias, já permitem a prática de muitas
modalidades do atletismo.
Outro fator importante de
discussão é que os professores que não ensinam atletismo para seus alunos,
desculpam-se com o argumento da falta de material nas escolas. É sabido que
esse é um problema que a maioria das escolas públicas e muitas escolas
particulares enfrentam. Porém, o uso de materiais alternativos permite o
trabalho de todas as modalidades do atletismo na escola, por exemplo: o uso de
bolas para praticar arremesso de peso; podem ser feitos obstáculos com garrafas
PET para simular corridas com obstáculos; é possível enrolar uma cartolina de
modo a imitar um dardo para esse tipo de arremesso. Ou seja, essa é uma
sugestão de trabalho que você pode apresentar ao seu professor.
Por: Paula Rondinelli
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP
Fonte: Brasil Escola
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP
Fonte: Brasil Escola
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