Experimentos envolvendo criogenia e
mudanças na circulação sanguínea prometem aumentar o desempenho de atletas
olímpicos.
Para obter sucesso nas
Olimpíadas, é preciso superar os adversários em quesitos como técnica,
performance, resistência e velocidade. Porém, nem sempre o simples treinamento
é capaz de providenciar essas qualidades a um atleta, o que faz com que seja
necessário apelar para métodos um tanto quanto bizarros.
O site Dvice reuniu três
exemplos de técnicas que, se não vão contra o regulamento dos jogos esportivos,
são bizarras o bastante para não parecer algo que uma pessoa normalmente
estaria disposta a fazer.
Criogenia
Para melhorar seu desempenho,
vários atletas recorrem a um método chamado crioterapia, onde são submetidos a
temperaturas de até -140° Celsius. Para evitar que partes do corpo congelem
durante o processo, as pessoas que se submetem ao tratamento usam meias, roupas
de baixo e proteções de orelha construídas com materiais especiais.
Dois minutos de tratamento
fazem com que as veias do corpo humano consigam se expandir até quatro vezes
mais do que o normal, o que se traduz em uma circulação mais rápida do
oxigênio. Isso faz com que a capacidade regenerativa do organismo aumente, e as
endorfinas geradas pelo trauma de quase ser congelado fazem com que haja uma
diminuição na sensação de dor que uma pessoa possa estar sentindo.
Cápsula espacial
Outra forma usada para aumentar
o desempenho dos atletas olímpicos é uma cápsula conhecida como CVAC (Cyclic
Variations in Adaptive Conditioning). O dispositivo, fruto de pesquisas na área
das viagens espaciais, realiza diversas mudanças na pressão barométrica, temperatura
e densidade do ar em seu interior em um ritmo constante definido por um
computador.
O efeito que isso
provoca no corpo é semelhante ao de uma sessão intensa de treinamentos em uma
academia. Segundo os fabricantes do CVAC, além de aumentar a circulação
sanguínea, o aparelho reduz a produção de ácido lático e é até mesmo capaz de
estimular a biogênese mitocondrial e a produção de células-tronco. Para obter
melhores resultados, é recomendado fazer ao menos três sessões de 20 minutos
por semana.
Alterando o fluxo sanguíneo
Uma técnica conhecida como
pré-condicionamento isquêmico remoto promete reduzir de forma substancial o
tempo que uma pessoa leva para chegar a seu objetivo, algo especialmente útil
para quem participa de competições de atletismo. Uma espécie de algema colocada
nos braços e pernas dos atletas é inflada durante um período de cinco minutos,
provocando mudanças na circulação sanguínea que reduzem a produção de ácido
lático.
O método, que ainda está
em estágio inicial de desenvolvimento, apresenta vários riscos. Entre eles está
a possibilidade de danificar tecidos musculares de forma permanente devido à
falta de oxigenação.
Porém, isso não impediu que
membros das coligações britânica e canadense testassem a novidade, cujos
resultados ainda permanecem um mistério. Caso esses países obtenham muitas
medalhas de ouro, isso deve se refletir em uma maior divulgação desse método de
treinamento ainda um tanto quanto bizarro.
Por Felipe Gugelmin
Fonte: Dvice
Foto: divulgação
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