O sonho, agora, é que a iniciativa derrube o preconceito e traga mais adeptas à modalidade, considerada masculina
Ana Cláudia Felizola - Correio Braziliense
Andar de skate pode até ser ainda uma prática principalmente reservada aos homens. Mas as mulheres não têm medo de se aventurarem nesse universo e, ontem, provaram que também sabem fazer suas manobras. O que começou como uma brincadeira, hoje, é uma paixão. Tanto que elas nem se importam com os comentários de que estão no lugar errado. “Com certeza falam por trás, mas a gente nem liga”, diz a vendedora Elizandra Reis, 23 anos, balançando os ombros em sinal de que, para ela, o que vale mesmo é continuar fazendo o que há quatro anos ela aprendeu a gostar.
O início na modalidade não foi dos mais convencionais. “Eu nem tinha vontade de andar, mas um amigo insistiu muito para eu comprar o skate dele. Depois que paguei, tive que andar, né?”, diverte-se. O investimento, de R$ 100, deu certo. Elizandra é apontada como uma das melhores skatistas do Distrito Federal.
O primeiro torneio totalmente feminino organizado no DF — o Skateboarding Girl —, no Skatepark de Ceilândia Norte, transformou o domingo em um dia especial para as atletas. Elizandra só ficou atrás da campeã Camila Tavares, 16 anos, também há quatro no esporte. Andressa Cavalcante, 25, terminou com o terceiro lugar entre as atletas avançadas. Já no grupo das iniciantes, Chyrisllianne Vasconcelos levantou o troféu, seguida por Fabiane Oliveira e Llitts Maria.
No ano passado, as praticantes mais empolgadas tentaram organizar um torneio, mas o evento acabou não tendo a seriedade que elas gostariam. Dessa vez, as meninas conseguiram juntar 15 competidoras no torneio, que teve inscrição gratuita — o número pode não ser elevado, mas foi considerado um ponto de partida para aonde elas desejam chegar. “Queremos ver se essas poucas meninas levam o skate adiante. Nossa vontade é incentivar as que ainda não andam e, assim, ver a modalidade crescer”, sonha Camila.
O discurso de querer ver mais mulheres nas pistas de manobras parece ser unânime. “A competição vai servir de incentivo para quem parou e também àquelas que sempre quiseram andar, mas tinham vergonha”, acredita Andressa. Para que isso se torne real, antes das apresentações das atletas houve uma oficina em que as mais habilidosas no esporte passaram seus conhecimentos às novas interessadas.
ClassificaçãoSkateboarding Girl Campeonato Feminino de Skate
Nível 1 (avançado)
1ª Camila Tavares
2ª Elizandra Reis
3ª Andressa Cavalcante
Nível 2 (iniciante)
1ª Chyrisllianne Vasconcelos
2ª Fabiane Oliveira
3ª Llitts Maria
A força da persistênciaEntre as mulheres, o maior desafio é o da persistência. “Os meninos mandam muito bem, e, às vezes, passavam por nós com muita velocidade. Com medo, algumas até pararam de andar”, lamenta Jessica Ferreira, 20 anos, adepta do skate há cinco meses. O pouco tempo já foi suficiente para ela se empenhar em promover a competição, esperando que, assim, o grupo consiga se soltar mais na pista. “Muitas meninas já andam há muito tempo, mas nunca tinham participado dos torneios organizados por eles por vergonha”, conta.
Antes de terem um campeonato só delas, o máximo que conseguiam fazer era ter uma participação de 10 minutos cedidos pelos homens. Já ontem, elas só permitiam a entrada deles na área se estivessem fantasiados de mulher. Alguns até aderiram à regra para poder usufruir um pouco da pista. Brincadeiras à parte, as meninas conseguiram atingir o que talvez fosse uma ambição maior do que a própria vitória: terem suas manobras aplaudidas pelos homens.
O início na modalidade não foi dos mais convencionais. “Eu nem tinha vontade de andar, mas um amigo insistiu muito para eu comprar o skate dele. Depois que paguei, tive que andar, né?”, diverte-se. O investimento, de R$ 100, deu certo. Elizandra é apontada como uma das melhores skatistas do Distrito Federal.
O primeiro torneio totalmente feminino organizado no DF — o Skateboarding Girl —, no Skatepark de Ceilândia Norte, transformou o domingo em um dia especial para as atletas. Elizandra só ficou atrás da campeã Camila Tavares, 16 anos, também há quatro no esporte. Andressa Cavalcante, 25, terminou com o terceiro lugar entre as atletas avançadas. Já no grupo das iniciantes, Chyrisllianne Vasconcelos levantou o troféu, seguida por Fabiane Oliveira e Llitts Maria.
No ano passado, as praticantes mais empolgadas tentaram organizar um torneio, mas o evento acabou não tendo a seriedade que elas gostariam. Dessa vez, as meninas conseguiram juntar 15 competidoras no torneio, que teve inscrição gratuita — o número pode não ser elevado, mas foi considerado um ponto de partida para aonde elas desejam chegar. “Queremos ver se essas poucas meninas levam o skate adiante. Nossa vontade é incentivar as que ainda não andam e, assim, ver a modalidade crescer”, sonha Camila.
O discurso de querer ver mais mulheres nas pistas de manobras parece ser unânime. “A competição vai servir de incentivo para quem parou e também àquelas que sempre quiseram andar, mas tinham vergonha”, acredita Andressa. Para que isso se torne real, antes das apresentações das atletas houve uma oficina em que as mais habilidosas no esporte passaram seus conhecimentos às novas interessadas.
ClassificaçãoSkateboarding Girl Campeonato Feminino de Skate
Nível 1 (avançado)
1ª Camila Tavares
2ª Elizandra Reis
3ª Andressa Cavalcante
Nível 2 (iniciante)
1ª Chyrisllianne Vasconcelos
2ª Fabiane Oliveira
3ª Llitts Maria
A força da persistênciaEntre as mulheres, o maior desafio é o da persistência. “Os meninos mandam muito bem, e, às vezes, passavam por nós com muita velocidade. Com medo, algumas até pararam de andar”, lamenta Jessica Ferreira, 20 anos, adepta do skate há cinco meses. O pouco tempo já foi suficiente para ela se empenhar em promover a competição, esperando que, assim, o grupo consiga se soltar mais na pista. “Muitas meninas já andam há muito tempo, mas nunca tinham participado dos torneios organizados por eles por vergonha”, conta.
Antes de terem um campeonato só delas, o máximo que conseguiam fazer era ter uma participação de 10 minutos cedidos pelos homens. Já ontem, elas só permitiam a entrada deles na área se estivessem fantasiados de mulher. Alguns até aderiram à regra para poder usufruir um pouco da pista. Brincadeiras à parte, as meninas conseguiram atingir o que talvez fosse uma ambição maior do que a própria vitória: terem suas manobras aplaudidas pelos homens.
Fonte: superesportes.com.br
Um comentário:
Eu estive lá no skate park, fui ver as meninas nesse dia não quiz nem ouvir falar em skate....muitas gatas já estou com saudades...
Franklin
P - Sul
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