São
Paulo - A quase uma semana de voltar a lutar na capital paulista no
UFC São Paulo, após 15 anos, Vitor Belfort conversou sobre os
mais variados temas relativos ao MMA no Brasil, o crescimento do esporte e sua aceitação, além de
expectativas futuras. Caso vença Michael Bisping, na luta principal da noite de
sábado, no Ginásio do Ibirapuera, Vitor poderá pedir uma revanche contra
Anderson Silva pelo cinturão dos médios, embora não acredite que será atendido:
“Não está sendo por credenciamento, mas por política”. Confira a seguir os
principais trechos da entrevista.
Como
está encarando esta luta com Michael Bisping? Como estão os treinamentos?
Vitor Belfort: Só alegria, graças a Deus. Está sendo muito bom, estou aproveitando cada segundo, me motivando. Estou aproveitando para perder mais peso agora para não deixar para perder muito peso depois. Difícil é superar o treinamento, o dia a dia. Mas estou muito feliz.
Vitor Belfort: Só alegria, graças a Deus. Está sendo muito bom, estou aproveitando cada segundo, me motivando. Estou aproveitando para perder mais peso agora para não deixar para perder muito peso depois. Difícil é superar o treinamento, o dia a dia. Mas estou muito feliz.
O peso da idade interfere durante a
luta? Como pretende derrubar o rival inglês sábado?
Nunca me senti tão
bem em toda a minha carreira. Estou com 35 anos. Não tem a idade do lobo?
Estou na idade do leão. O estilo dele é falar com a boca. Eu falo com os
punhos. É só fazer o dever de casa, o ‘homework’.
Vai lutar de cabelo moicano? Como
espera a recepção em São Paulo? Te agrada lutar na cidade após 15 anos, quando
venceu Wanderlei Silva no UFC Brasil?
É surpresa, mas vou lutar de moicano, sim. Espero um público muito alegre,
torcendo junto. Como todo brasileiro, não vou fugir da luta.
Qual é a importância para o Brasil e para o esporte a realização de uma edição do UFC em São Paulo?
Quem entende um pouco de economia sabe da importância de São Paulo em todas as áreas. É o pontapé para o esporte pegar no Brasil. O povo quer, o povo já abraçou o esporte. Agora, é esperar pelas forças políticas.
O que você tirou de lição da derrota para Jon Jones (finalização, no Canadá, no UFC 152)?
São tantas as lições que a gente tira, tantos momentos. Na próxima vez, não vou largar o braço. Mas foi mérito dele. Tenho de preparar o corpo. Em certos momentos você não escuta o corpo e ele pode falhar. Temos que renovar o interior, escutar o corpo.
Uma vitória sábado te credencia para uma revanche com Anderson Silva?
Não sei, não posso falar muito o que credencia aqui no UFC. Não está sendo muito por credenciamento, mas por política. Não posso responder isso. Quem pode é o presidente Dana White. Só faço o meu trabalho, que é lutar e ganhar. Meu direito é treinar e representar o meu país.
E Wanderlei Silva, ainda quer enfrentá-lo?
Pretendo fazer grandes lutas e, com certeza, Wanderlei é uma lenda. Estou torcendo para ele ganhar a sua luta (com Brian Stann, no UFC Japão, em março), e eu a minha, para fazermos a luta. Nossa rivalidade sempre foi dentro do octógono. Eu admiro a alegria que o Wanderlei traz.
Pretende lutar até que idade? Você tem gás para mais 10 lutas?
Até os 40. Espero que Deus possa me dar motivação.
Um dos seus melhores atletas do TUF 1 (reality show The Ultimate Fighter), Daniel Serafian, vai fazer a co-luta principal contra C.B. Dollaway. Qual é a sua expectativa para o duelo?
Estou torcendo muito. Daniel é muito querido, é um menino fantástico. Tem um grande talento.
E o TUF Brasil 2, vai torcer por quem: Minotauro ou Werdum? O programa já se consolidou na televisão brasileira?
Vai ser bacana. Não tenho como esconder meu carinho pelo Minotauro, mas admiro o Werdum. Minha torcida é para que façam um ótimo programa. Eu, como brasileiro, acho que o esporte não depende só dos atletas. Se dependesse de mim, o UFC estaria na (TV) Globo há muito tempo. Estamos na maior rede de televisão do mundo. A bola está com eles e com o UFC.
O ano de 2012 foi considerado um marco para o MMA no Brasil, quebrando preconceitos e paradigmas. O esporte já atingiu o ápice?
Não atingiu nem 10%. Se a Globo abraçar, como abraça o futebol (pausa)... Mas isso depende muito deles. O grande lance é investir no esporte, no amador. Não só na organização. O UFC é o maior investidor de MMA no mundo, eles abrem caminho para outros promotores.
Você sonha com a entrada do MMA nos Jogos Olímpicos? É possível isso se tornar realidade?
Com certeza. Quando eu falei que tinha de estar na Globo, me falaram que era maluquice. É preciso fazer o esporte amador. Tem muita coisa ainda, federações, sindicato... Na realidade, o MMA é a mistura de todas as artes marciais que estão nos Jogos Olímpicos, mas entrar é uma decisão política. É preciso fazer esse trabalho, fazer política.
Qual é a importância para o Brasil e para o esporte a realização de uma edição do UFC em São Paulo?
Quem entende um pouco de economia sabe da importância de São Paulo em todas as áreas. É o pontapé para o esporte pegar no Brasil. O povo quer, o povo já abraçou o esporte. Agora, é esperar pelas forças políticas.
O que você tirou de lição da derrota para Jon Jones (finalização, no Canadá, no UFC 152)?
São tantas as lições que a gente tira, tantos momentos. Na próxima vez, não vou largar o braço. Mas foi mérito dele. Tenho de preparar o corpo. Em certos momentos você não escuta o corpo e ele pode falhar. Temos que renovar o interior, escutar o corpo.
Uma vitória sábado te credencia para uma revanche com Anderson Silva?
Não sei, não posso falar muito o que credencia aqui no UFC. Não está sendo muito por credenciamento, mas por política. Não posso responder isso. Quem pode é o presidente Dana White. Só faço o meu trabalho, que é lutar e ganhar. Meu direito é treinar e representar o meu país.
E Wanderlei Silva, ainda quer enfrentá-lo?
Pretendo fazer grandes lutas e, com certeza, Wanderlei é uma lenda. Estou torcendo para ele ganhar a sua luta (com Brian Stann, no UFC Japão, em março), e eu a minha, para fazermos a luta. Nossa rivalidade sempre foi dentro do octógono. Eu admiro a alegria que o Wanderlei traz.
Pretende lutar até que idade? Você tem gás para mais 10 lutas?
Até os 40. Espero que Deus possa me dar motivação.
Um dos seus melhores atletas do TUF 1 (reality show The Ultimate Fighter), Daniel Serafian, vai fazer a co-luta principal contra C.B. Dollaway. Qual é a sua expectativa para o duelo?
Estou torcendo muito. Daniel é muito querido, é um menino fantástico. Tem um grande talento.
E o TUF Brasil 2, vai torcer por quem: Minotauro ou Werdum? O programa já se consolidou na televisão brasileira?
Vai ser bacana. Não tenho como esconder meu carinho pelo Minotauro, mas admiro o Werdum. Minha torcida é para que façam um ótimo programa. Eu, como brasileiro, acho que o esporte não depende só dos atletas. Se dependesse de mim, o UFC estaria na (TV) Globo há muito tempo. Estamos na maior rede de televisão do mundo. A bola está com eles e com o UFC.
O ano de 2012 foi considerado um marco para o MMA no Brasil, quebrando preconceitos e paradigmas. O esporte já atingiu o ápice?
Não atingiu nem 10%. Se a Globo abraçar, como abraça o futebol (pausa)... Mas isso depende muito deles. O grande lance é investir no esporte, no amador. Não só na organização. O UFC é o maior investidor de MMA no mundo, eles abrem caminho para outros promotores.
Você sonha com a entrada do MMA nos Jogos Olímpicos? É possível isso se tornar realidade?
Com certeza. Quando eu falei que tinha de estar na Globo, me falaram que era maluquice. É preciso fazer o esporte amador. Tem muita coisa ainda, federações, sindicato... Na realidade, o MMA é a mistura de todas as artes marciais que estão nos Jogos Olímpicos, mas entrar é uma decisão política. É preciso fazer esse trabalho, fazer política.
O que falta ao esporte: uma união maior
entre os atletas? Um sindicato de lutadores, uma confederação brasileira?
Falta tanta coisa... Como diz o ditado italiano: ‘piano, piano se va lontano’
(devagar se vai longe). Quanto mais cresce, a responsabilidade aumenta. Eu
invisto no esporte, mas abrir uma academia no Brasil é uma fortuna. Tudo é caro
no país. A gente precisa de apoio de patrocinadores, de investidores. A gente
não pode ter só uma confederação, como é no futebol. Precisa de democracia. É
importante ter uma união entre lutadores, não só uma rede de televisão, só um
jornal para elevar o esporte.
Por ANDRÉ PASCOWITCH
Fonte: Odia / ataque
Equipe - Proradicalskate
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